Jordânia reduz representação diplomática no Catar

O governo da Jordânia anunciou nesta terça-feira (6) que vai reduzir sua representação diplomática no Catar, um dia após Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito anunciarem a ruptura total das relações com aquele país. A informação é da Agência EFE.

Os governos do Iêmen e da Líbia, aliados da Arábia Saudita, e as Ilhas Maldivas também cortaram relações com o Catar, pelo suposto apoio deste ao terrorismo e a grupos como a Irmandade Muçulmana e o Hamas.

O porta-voz do governo da Jordânia, Mohamed Mumani, disse que seu país tomou a decisão "após estudar os motivos da crise nas relações" entre os outros países e o Catar, informou a agência estatal de notícias jordaniana Petra.

Mumani disse ainda que a Jordânia anulará a licença da emissora de televisão catariana Al Jazeera, como já tinham feito a Arábia Saudita, ontem (5), e o Egito no passado, por sua linha editorial. "O  governo jordaniano deseja superar esta fase desafortunada e solucionar a crise sobre bases sólidas que garantam a cooperação de todos os países árabes para um futuro melhor", acrescentou Mumani.

A Jordânia é aliada dos quatro países que romperam ontem relações com o Catar e costuma alinhar-se às monarquias sunitas conservadoras do Golfo Pérsico (Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Bahrein) e com o Egito.

Após as medidas adotadas ontem pelos quatro países árabes, que incluem o bloqueio terrestre, naval e aéreo sobre o Catar, o emirado catariano mostrou-se aberto a solucionar a disputa com a mediação do emir do Kuwait, o xeique Sabah Al-Ahmad Al-Jaber Al-Sabah,  que viajou hoje à Arábia Saudita, onde foi recebido pelo rei Salman bin Abdulaziz, na cidade de Jidá.