Massacre na boate Pulse completa um ano e centenas homenageiam os 49 mortos

Publicado em 12/06/2017 - 09:17 Por Da EFE - Orlando

Um ano após o massacre da boite Pulse, centenas de pessoas homenageiam os 49 mortos em Orlando

Mural pintado em frente à boate Pulse, em homenagem aos 49 mortos em um massacre que ocorreu dentro do clube noturno, em OrlandoGerardo Mora/EFE/direitos reservados

Centenas de pessoas, muitas delas familiares e amigos das 49 vítimas do massacre da boate Pulse, estiveram na madrugada desta segunda-feira (12) na discoteca, em Orlando, na Flórida, para lembrar dos mortos, no dia em que completa um ano do pior massacre com arma de fogo dos Estados Unidos. As informações são da EFE.

Em uma cerimônia privada, parentes das vítimas participaram de uma homenagem às 2h20, horário local (3h20 em Brasília), momento em que, há um ano, ocorreu o massacre.

O momento de maior emoção foi quando foram lidos os nomes das 49 vítimas do conhecido clube gay e assim como a canção Over the rainbow, símbolo da comunidade LGBT.

Na parte externa da boate, muitas pessoas se aproximaram para lembrar amigos mortos e deixaram flores e velas. O venezuelano Jhamil Zaid Hinds Díaz disse à Agência EFE que perdeu nove amigos aquela noite e que precisou se fortalecer para apoiar as mães das vítimas.

Homenagem aos 49 mortos, há um ano, em um massacre na boite gay Pulse, em Orlando

Homenagem às vítimas do massacre na boate gay Pulse, em OrlandoGerardo Mora/EFE/direitos reservados

"Esta noite e muitas noites que vim aqui, muitas manhãs e madrugadas eu estava aqui, não pelo que eu perdi, mas pelas pessoas que aqui ficaram. Muitas delas ainda não superaram a dor e precisam de nós. Que elas sintam que nós estamos aqui, dando força e que elas não estão sozinhas", disse.

Muitos dos presentes na homenagem não controlaram as lágrimas, em uma noite em que se tornou especial também por causa de um mural, próximo ao local do massacre, que representa os 49 mortos.

Uma das pessoas que colaborou com o mural foi o porto-riquenho José Luis Morales, que deixou a marca de sua mão sobre a imagem de um grande amigo seu, Edward Sotomayor, que morreu na Pulse.

"Isto é um pesadelo de 365 dias e ainda acredito que vou acordar", disse Morales, à EFE, "é uma perda irreparável e nem todo o ouro do mundo pode atenuar a dor que sinto neste momento".

Norte-americanos relembram hoje as 49 vítimas de maior chacina com arma de fogo da história recente do país, ocorrida há um ano durante una festa latina no club gay Pulse, em Orlando, na Flórida

Hoje à tarde haverá mais atos em Orlando para lembrar as vítimas do massacre Gerardo Mora/EFE/direitos reservados

Após cerca de 45 minutos, os participantes deixaram o local, para onde retornarão durante o dia para mais dois atos em homenagem às vítimas do massacre, onde também ficaram feridas mais de 50 pessoas.

À tarde, e como parte dos atos do Dia de Orlando Unida, Dia de Amor e Bondade, políticos e líderes comunitários presidirão a cerimônia Orlando é amor: Recordando nossos anjos, no anfiteatro do Eola Lake Park, onde a cantora porto-riquenha Olga Tañón se apresentará.

Na noite do dia 12 de junho de 2016, o americano Omar Mateen, que disse agir em nome do grupo terrorista Estado Islâmico, entrou armado com um fuzil e uma pistola automática na boate, onde ocorria uma festa latina, e praticou o ataque com maior número de mortos nos EUA desde os atentados de 11 de setembro de 2001.

 

Edição: Graça Adjuto

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