Ações que beneficiem o mundo são melhor homenagem a Mandela, diz ONU

Publicado em 18/07/2017 - 16:41 Por Da ONU News - Nova York (EUA)

Nelson Mandela em discurso na Assembleia Geral da ONU em 1999.

Nelson Mandela em discurso na Assembleia Geral da ONU, em 1999 Foto: ONU/Eskinder Debebe/Arquivo

A ONU e o mundo comemoram nesta terça-feira, 18 de julho, o Dia Internacional Nelson Mandela, que presta um tributo ao líder sul-africano conhecido internacionalmente. Para o secretário-geral da Nações Unidas, António Guterres, a melhor homenagem que pode ser prestada a esse grande homem “não são palavras ou cerimônias, mas ações que melhorem o mundo”.

Neste dia, a ONU se une à Fundação Mandela pedindo a pessoas que façam a diferença em suas comunidades. Funcionários das Nações Unidas ao redor do mundo estão marcando o dia sendo voluntários para o serviço público. Guterres lembrou que o presidente da Assembleia Geral da ONU, Peter Thomson, está dando um grande exemplo disso e será voluntário em uma ação ambiental nesta terça-feira (18) em Nova York.

Para o chefe da ONU, todos podem fazer a diferença na promoção da paz, dos direitos humanos, do desenvolvimento sustentável e de vidas de dignidade para todos. Segundo ele, todos podem ser inspirados pelo exemplo de Nelson Mandela e suas famosas palavras: sempre parece impossível, até que alguém faça.

Secretário-geral da ONU, António Guterres

António Guterres ONU/Jean-Marc Ferré (arquivo)

Fonte de inspiração permanente

O chefe da ONU afirmou que Mandela continua a "inspirar o mundo através de seu exemplo de coragem e compaixão e seu compromisso com a justiça social e uma cultura de liberdade e paz".
Guterres lembrou ter se encontrado com o líder diversas vezes e ter sido, a cada vez, tocado por sua "sabedoria, compaixão e humildade".

Segundo o secretário-geral, "uma das lições mais importantes" que se pode aprender com Nelson Mandela é que, para progredir, se deve olhar para a frente, "por mais difícil que tenha sido o passado". Guterrres lembrou que, por 18 anos, Mandela foi conhecido como o "prisioneiro 46664", mas que ele "nunca se tornou prisioneiro de seu passado".

O secretário-geral das Nações Unidas destacou que o líder sul-africano "não sucumbiu à amargura ou animosidade pessoal", mas usou sua "formidável energia para realizar a sua visão de uma África do Sul pacífica, multiétnica e democrática".

Ele ressaltou ainda que Mandela uma vez disse que "um santo poderia ser definido como um pecador que continuou tentando". Para Guterres, "esta é uma poderosa mensagem de esperança, em um mundo dividido com medo e cinismo".

Edição: Augusto Queiroz

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