Greve geral da oposição venezuelana registra adesão parcial em Caracas

Publicado em 20/07/2017 - 12:46 Por Da EFE - Caracas

Avenida fechada e os dizeres "Não à Constituinte" e "Hora Zero" na Venezuela

Manifestantes fecham avenida em Caracas, na Venezuela, durante greve geral convocada pela oposição ao governo Nicolás Maduro. Eles são contra convocação de Assembleia Nacional Constituinte feita pelo presidenteMiguel Gutiérrez/EFE

A greve geral de 24 horas convocada para hoje (20) pela oposição da Venezuela teve adesão parcial, especialmente no leste da capital do país, onde estabelecimentos comerciais e escritórios amanheceram fechados e as principais vias foram bloqueadas ao trânsito. A informação é da agência EFE.

Os distritos de El Hatillo, Chacao e Sucre, redutos do antichavismo governados por opositores, têm suas atividades praticamente paralisadas e a maioria das ruas foi tomada por manifestantes desde as 7h locais (8h de Brasília), o que também impediu o funcionamento do transporte público.

Apenas alguns estabelecimentos comerciais e as instituições bancárias operam com normalidade – especialmente o setor financeiro, depois da decisão repentina do governo venezuelano de pagar os aposentados hoje, o que gerou longas filas de idosos em vários bancos.

No oeste da capital, sede dos poderes públicos do país, governados pelo chavismo, a jornada se desenvolve com aparente normalidade.

A "greve cívica" é parte de aumento da pressão dos opositores contra o governo de Nicolás Maduro, depois do plebiscito não oficial de domingo (16), realizado pela oposição sem o reconhecimento do governo. A consulta popular contou com a participação de 7,5 milhões de venezuelanos, de acordo com os organizadores.

O ministro do Trabalho, Néstor Ovalles, considerou "irresponsável" a convocação da greve que, segundo ele, não tem respaldo legal, pois responde a motivos de caráter político e não a questões trabalhistas ou outros aspectos contemplados na legislação que regulamenta a paralisação das atividades.

O ministro disse que a legislação contempla sanções às empresas que "violem o direito ao trabalho" e que isto será levado em conta hoje para evitar que a "cúpula empresarial" apoie a iniciativa dos opositores de Maduro.

Edição: Lidia Neves

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