Em prisão domiciliar, Leopoldo López promete lutar para "libertar Venezuela"

Publicado em 10/07/2017 - 12:54 Por Da Agência Brasil* - Caracas

Agitando uma bandeira da Venezuela, López disse que não vai desistir da sua luta

Agitando uma bandeira da Venezuela, López disse que não vai desistir da sua lutaFoto Miguel Gutierrez/EPA/Agência Lusa

O dirigente opositor venezuelano Leopoldo López, colocado em prisão domiciliar neste final de semana pelo Tribunal Supremo de Justiça do país, prometeu continuar a lutar “até conseguir a liberdade da Venezuela”.

López deixou o presídio militar de Ramo Verde, onde estava preso desde 2014, e vai cumprir o resto de sua condenação a quase 14 anos de prisão em sua casa de Caracas “por motivos de saúde”, segundo a decisão da corte, embora o emblemático dirigente tenha sido visto em bom estado.

Segundo analistas, a mudança no regime prisional do líder parece estar mais relacionado com uma negociação política do que com uma questão humanitária. A decisão foi celebrada pela oposição como uma conquista pelos quase cem dias de protestos nas ruas, que pedia a liberdade definitiva de López. Entretanto, as autoridades se apressaram em destacar que o beneficio era produto “do diálogo entre as partes”, e asseguraram que o governo "respeita" a nova situação.

Assim que a liberação de López foi conhecida, numerosos militantes opositores se postaram em frente a sua casa, onde em determinado momento ele apareceu agitando uma bandeira nacional e, a partir de uma carta lida pelo dirigente de seu partido, deputado Freddy Guevara, conclamou os presentes a seguir com a "resistência" nas ruas.

"Este é um passo para a liberdade. Não tenho ressentimento algum nem vontade de desistir", disse  López na mensagem lida por Guevara. "Nós estamos jogando com a liberdade de todos os presos políticos, porém o mais importante é a liberdade do povo da Venezuela e se isso significar minha volta à prisão, estou mais que disposto. Reitero a todo o povo da Venezuela meu compromisso de lutar até lograr a liberdade de nosso país", proclamou.

López, de 46 anos, foi condenado em  2015 a quase 14 anos de prisão por instigar os protestos de 2014 contra o governo de Nicolás Maduro, que terminaram com 43 mortos em todo o país.

* Com informações da Agência Télam

Edição: Augusto Queiroz

Últimas notícias