Seul e Washington melhorarão mísseis sul-coreanos em resposta a Pyongyang

Publicado em 29/07/2017 - 12:08 Por Da Agência EFE - Seul

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, pediu hoje (29) para se revisar o acordo bilateral com os Estados Unidos que controla o programa de mísseis balísticos sul-coreano. O objetivo é melhorar a capacidade dos mísseis em resposta ao último lançamento norte-coreano. A informação é da Agência EFE.

Moon pediu ao seu assessor de segurança, Chung Eui-young, que propusesse oficialmente ao seu colega amaricano, H. McMaster, uma revisão das normas para permitir que o peso da carga útil dos mísseis sul-coreanos possa ser duplicado para uma tonelada, detalhou um secretário presidencial em coletiva de imprensa.

Segundo explicou o secretário em declarações publicadas pela agência Yonhap, McMaster aceitou abrir as negociações para modificar o acordo.

Conforme a última revisão das diretivas aprovadas pelos aliados em 2012, os mísseis balísticos sul-coreanos podem ter um alcance máximo de 800 quilômetros e uma carga útil com um peso máximo de 500 quilos. Aumentar a carga útil para uma tonelada aumentaria o poder destrutivo destes projéteis.

China exige respeito às resoluções da ONU

A China pediu hoje à Coreia do Norte que respeite "as resoluções pertinentes" do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e detenha qualquer medida que possa aumentar a tensão na região, segundo a agência oficial de notícias "Xinhua".

O porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores chinês, Geng Shuang, fez estas declarações após a confirmação de que a Coreia do Norte lançou ontem à noite um novo míssil balístico intercontinental, o chamado Hwasong-14.

O Exército norte-coreano disparou o segundo míssil deste tipo às 23h11 (horário local norte-coreano de sexta-feira, 11h41 em Brasília) desde as proximidades da aldeia de Mupyong, na província de Chagang (fronteira com a China).

O Hwasong-14 voou 998 quilômetros durante cerca de 47 minutos e atingiu uma altitude máxima de 3.724 quilômetros antes de cair no Mar do Japão (chamado "Mar do Leste "nas duas Coreias), segundo a imprensa estatal norte-coreana.

A resposta da China de hoje foi muito mais contundente que as opiniões do Governo de Pequim emitidas no dia do lançamento, quando outro porta-voz do Ministério de Exteriores, Lu Kang, tinha dito que as "pressões de terceiros" tinham forçado a Coreia do Norte a multiplicar este ano seus testes balísticos.

"Após tantos anos, o problema na península da Coréia poderia ser resolvido por meio de diálogo e consultas, mas por causa de pressões e suspeitas de outros países a Coreia do Norte se viu obrigada a conduzir testes balísticos", expressou o ministério.

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