Oposição venezuelana convoca para esta quinta grande marcha contra Constituinte

Publicado em 02/08/2017 - 11:24 Por Da Agência EFE - Caracas

A Aliança Opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) confirmou nesta quarta-feira (2) a convocação para amanhã de uma manifestação contra a Assembleia Nacional Constituinte, eleita no domingo (30) entre protestos dos cidadãos e a rejeição da comunidade internacional. A informação é da Agência EFE.

"A Unidade Democrática ratifica a Mobilização contra a Instalação de Fraude Constituinte nesta quinta-feira (3). Vamos defender a Constituição!", anunciou no Twitter a MUD, que organizou inúmeros atos contra uma Constituinte considerada tentativa de "consolidar a ditadura" do chavismo.

A manifestação estava prevista para hoje em um primeiro momento. Espera-se que coincida com a instalação amanhã da Constituinte no Palácio Federal Legislativo, segundo o calendário anunciado por órgãos estatais, que não foi confirmado pelas autoridades.

A Constituinte vai ser instalada na sede do atual Parlamento, que tem maioria oposicionista, e contra o qual, segundo o presidente Nicolás Maduro e alguns membros da Assembleia eleita no domingo, serão tomadas medidas.

Até a instalação da Constituinte, o atual Parlamento continua trabalhando na sede legislativa, sob alerta de um possível desalojamento ou de novos ataques de "coletivos", grupos de civis às vezes armados que dizem defender a revolução chavista e que atacaram, em várias ocasiões, a Câmara.

Em sessão à qual compareceram os embaixadores da Espanha, do México, da França e do Reino Unido para respaldar a instituição, o Parlamento reafirmou ontem que não reconhece a Assembleia Constituinte e nem as decisões que possa adotar, e se comprometeu a fazer o possível para evitar sua instalação.

Maduro e membros eleitos da Constituinte anteciparam que o novo poder eliminará a imunidade dos parlamentares e tomará medidas contra os líderes oposicionistas que convocam manifestações, que acabam em violência.

O atual Parlamento foi escolhido em dezembro de 2015.

Desde o mesmo começo da legislatura, a Câmara foi declarada "em desacato" pelo Supremo Tribunal, corte acusada de ajudar Maduro.

Vários países estrangeiros informaram que não reconhecerão a nova Constituinte e que já estão em andamento sanções contra Maduro.

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