Novo acordo global reduz preço de droga antirretroviral para mais de 90 países

Publicado em 21/09/2017 - 20:48 Por Da ONU News - Nova York (EUA)

Luiz Loures disse que um preço acessível às drogas antirretrovirais é um grande passo no combate à epidemia.

Luiz Loures disse que um preço acessível às drogas antirretrovirais é um grande passo no combate à epidemia Eleutério Guevane/ONU News

Uma nova parceria para o tratamento de pessoas que vivem com o HIV/aids foi anunciada esta quinta-feira (21), em Nova York, às margens da Assembleia Geral da ONU. Trata-se do acordo que reduziu em 53% o preço do medicamento antirretroviral Dolutegravir, que tem a sigla DTG. A expectativa é que os valores globais para o tratamento da doença baixem em 60%.

Com isso, o Dolutegravir poderá ser mais acessível em países em desenvolvimento. O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) celebrou a parceria que chama de passo importante para eliminar a epidemia da HIV/aids até 2020.

O diretor adjunto do Programa Conjunto do Unaids, Luiz Loures, falou que "parte do futuro da resposta à epidemia de HIV/aids está diretamente relacionada à possibilidade de se continuar avançando na oferta do tratamento. Nós temos que chegar até ao ponto em que 90% das pessoas com Aids recebam tratamento. Para alcançar esse objetivo um desafio é o preço e o acesso às drogas antirretrovirais. E vimos hoje mais um passo importante, no sentido de que fazer que uma das drogas mais eficientes, o Dolutegravir, possa ser mais acessível aos países em desenvolvimento."

No ano passado, a Organização Mundial da Saúde, OMS, recomendou o tratamento com o DTG e o acordo anunciado hoje entra em vigor a partir de 2018. A ideia é que o medicamento conhecido como "um dos melhores disponíveis no mercado" possa controlar a epidemia, reduzir a resistência ao tratamento e suprimir a carga viral em mais de 19 milhões de pacientes soropositivos em 92 países. A implementação do novo acordo envolve também a iniciativa global de saúde Unitaid, a África do Sul, o Quênia, a Fundação Bill e Melinda Gates e a Iniciativa Clinton de Acesso à Saúde.

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