Rajoy promete inteligência e firmeza perante possível referendo na Catalunha

Publicado em 04/09/2017 - 13:21 Por Da Agência EFE - Madri

O chefe de governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmou nesta segunda-feira (4) que o Executivo atuará com "proporcionalidade, inteligência, tranquilidade e firmeza" perante o "disparate" que pode ser cometido pelos independentistas da Catalunha se aprovarem nesta semana a lei que regula o referendo de secessão. A informação é da EFE.

Rajoy afirmou, perante a direção de seu partido, o governamental PP (de centro-direita), que seguirá falando com outras forças políticas para fazer frente ao desafio soberanista da Catalunha e lamentou que não haja ninguém no Governo da Catalunha com capacidade de liderança para apresentar a necessidade de pensar sobre o que pretendem fazer.

Segundo afirmam os partidos independentistas catalães, nesta semana, previsivelmente na quarta-feira, deve ser aprovada no Parlamento regional a lei que regularia o anunciado referendo separatista que eles pretendem realizar em 1º de outubro.

Esta consulta é considerada ilegal pelo Governo de Madri e pelo Tribunal Constitucional espanhol.
Rajoy insistiu que o seu governo não vai permitir que haja ilegalidade alguma e nem que se atente contra a Constituição. Ele reiterou que sua obrigação é fazer cumprir a lei e que o PP, partido do qual é presidente, preservará a unidade da Espanha e garantirá o respeito da Constituição.

Chamamento ao diálogo

Por sua vez, o Partido Socialista Obreiro Espanhol (PSOE), da oposição, insiste que "sem a lei não há saída, mas sem diálogo tampouco", e seu líder, Pedro Sánchez, chamou hoje as forças políticas a um "grande diálogo construtivo".

O PSOE propõe criar uma "comissão de avaliação e modernização do estado autonômo", que sirva para desbloquear a crise territorial da Catalunha, ainda que o PP seja partidário de iniciar este diálogo após 1º de outubro.

Em Barcelona, o presidente do governo catalão, Carles, Puigdemont, evitou hoje criar polêmicas com Rajoy, a quem não quis replicar, no começo de uma semana fundamental no chamado "processo" independentista, quando está previsto que o Parlamento regional aprove o marco legal do referendo anunciado.

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