Puigdemont cogita não pedir permissão à Justiça para sua eleição

O advogado Jaume Alonso-Cuevillas não descarta que seu cliente

Publicado em 29/01/2018 - 10:48 Por Da Agência EFE* - Barcelona

O candidato independentista à presidência regional da Catalunha, Carles Puigdemont, cogita não pedir permissão ao Tribunal Supremo, assegurou hoje (29) seu advogado, que não descarta que o cliente compareça ao Parlamento catalão.

No sábado passado, o Tribunal Constitucional determinou a Puigdemont, que se encontra foragido da Justiça em Bruxelas, que pedisse permissão ao juiz do Supremo que o investiga para participar de sua eleição no Parlamento regional, já que tem que ser um ato presencial.

Em entrevista à emissora RAC-1, o advogado Jaume Alonso-Cuevillas afirmou que avalia, junto com o político, a possibilidade de recorrer da decisão do Tribunal Constitucional.

Puigdemont tem uma ordem de detenção na Espanha pelos supostos crimes de insurreição e rebelião. Ele fugiu para a capital belga depois que, no último dia 27 de outubro, o Parlamento catalão declarou a independência dessa região.

Cuevillas disse que, após a resolução do Tribunal Constitucional, a primeira opção sugerida foi de que Puigdemont pedisse permissão ao juiz que o investiga, mas agora "voltaram atrás" na ideia, uma vez que veem "mais longe essa possibilidade".

"Me recuso a aceitar que a posse do presidente da Generalitat (governo catalão) fique submetida a uma permissão judicial prévia", declarou Cuevillas, que está convencido de que não obteriam uma resposta imediata.

O Parlamento da Catalunha convocou para amanhã uma sessão para escolher o próximo presidente regional, com Puigdemont como candidato.

Cuevillas afirmou que, se finalmente optarem por recorrer da resolução do Tribunal Constitucional, que qualificou como uma "monstruosidade", o farão de forma "imediata", embora ainda não saibam se fariam isso perante o próprio Constitucional, perante o Tribunal Supremo ou o Tribunal Europeu de Direitos Humanos.

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