Sobe para 11 o número de mortos em ataque do EI contra ONG no Afeganistão

Publicado em 25/01/2018 - 11:29 Por *Da Agência EFE - Cabul

A Save the Children elevou nesta quinta-feira (25) para 11 o número de mortos no atentado cometido ontem pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) contra uma sede da ONG em Jalalabad, no Leste do Afeganistão.  A informação é da Agência EFE.

"A Save the Children pode confirmar que temos quatro (trabalhadores) mortos e outros quatro feridos no ataque de ontem. O corpo do último companheiro foi encontrado esta manhã no edifício", disse à Agência EFE uma porta-voz da organização em Cabul, Mariam Attaie.

Por sua vez, Attaullah Khogyanai, porta-voz do governador da província de Nangarhar, da qual Jalalabad é a capital, tinha informado anteriormente da morte de dez pessoas, cinco delas terroristas, e que 26 tinham ficado feridas.

Segundo a porta-voz da Save the Children, o corpo achado hoje pertence a "um homem jovem de cerca de 20 anos", que se soma à morte de outros três funcionários da ONG, entre eles um guarda de segurança, um civil e um membro das forças de segurança.

Durante quase dez horas, quatro membros do EI (o quinto se suicidou no início da ação) efetuaram o ataque ontem contra a sede da Save the Children na capital da província de Nangarhar, principal reduto do grupo jihadista no Afeganistão.

As forças de segurança afegãs resgataram 46 funcionários da ONG durante o ataque, segundo Khogyanai.

Este foi o segundo atentado contra civis em menos de uma semana no Afeganistão, depois que no sábado passado os talibãs atacaram o Hotel Intercontinental de Cabul, deixando um saldo de 20 mortos.

O EI irrompeu no Afeganistão em 2015 e mantém seu principal reduto em Nangarhar, província fronteiriça com o Paquistão e estratégica nas comunicações entre os dois países.

Ainda que nos primeiros nove meses do ano passado o cômputo de vítimas civis pelo conflito tenha caído em 6%, a primeira vez em que se registra um retrocesso desde 2012, as cifras foram de 2.640 mortos e 5.379 feridos; ainda "níveis altos", segundo a ONU.

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