Trump fala em mudanças de regras sobre armas nos Estados Unidos

Em evento em Washington, nessa terça-feira (20), o presidente disse

Publicado em 21/02/2018 - 05:53 Por Leandra Felipe - Correspondente da Agência Brasil - Atlanta

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O presidente norte-americano, Donald Trump - Jim Lo Scalzo/Agência EFE

Os protestos na Flórida e em frente à Casa Branca de alunos da escola de Parksland, onde um jovem matou 17 pessoas e feriu 14 há uma semana, ecoaram no governo Trump. Pela primeira vez em um ano, o presidente falou em mudanças. Em evento em Washington, nessa terça-feira (20), Donald Trump voltou a afirmar que é preciso mais proteção para as crianças.

Além disso, anunciou ter assinado um documento recomendando que o Departamento de Justiça proponha uma lei ao Congresso que proíba o uso dos chamados bump stocks, dispositivos que permitem que fuzis semiautomáticos disparem rajadas contínuas e passem a funcionar como armas automáticas.

Hoje (22), Trump também deve se reunir com professores e alunos para discutir a segurança nas escolas.  Ele comentou no Twitter que republicanos e democratas devem se concentrar no fortalecimento da verificação de antecedentes criminais. Essa é uma proposta antiga das entidades que lutam pelo controle de armas, até então criticada pela  Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês), que mantém poderoso lobby no Congresso, com doações de grandes valores em dinheiro para financiar campanhas eleitorais no país.

Nos últimos cinco anos foram registrados cerca de 300 tiroteios dentro das escolas norte-americanas, segundo estatísticas oficiais. Mas a pressão por mudanças aumentou depois do massacre na escola da Flórida, ocorrido há uma semana. Pais, alunos e professores fizeram marchas e protestos cobrando mudanças nas regras sobre a venda de armas.

O Departamento de Crianças e Famílias da Flórida informou que Nikolas Cruz, acusado do massacre na escola de ensino médio, sofria de depressão e teve diagnóstico de autismo e déficit de atenção.  Mesmo assim, ele conseguiu comprar uma arma depois de ter recebido prescrição de remédios controlados e de ter sido considerado uma pessoa vulnerável de acordo com o documento médico.

Edição: Graça Adjuto

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