EUA dizem que ficarão junto ao povo cubano após saída de Raúl Castro

Publicado em 19/04/2018 - 20:08 Por - - Washington

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, disse nesta quinta-feira (19) que agora que Raúl Castro deixou o poder em Cuba o governo americano ficará ao lado do povo cubano até a realização de eleições livres e justas na ilha. A informação é da Agência EFE.

Ele citou num tweet uma mensagem de um jornalista da emissora CNN, que publicou uma frase do discurso de despedida de Raúl Castro, que disse que Pence "não conseguiu suportar e foi embora"., em referência a saída do vice presidente americano da Cúpula das Américas no Peru, no sábado.

"É, Raúl, parece que é você quem se vai. E nós ficaremos aqui, junto ao povo cubano. Não iremos a lugar algum até que Cuba tenha eleições livres e justas, até que os prisioneiros políticos sejam libertados e o povo de Cuba seja finalmente livre", escreveu Pence no Twitter.

A mensagem faz alusão ao fato que, depois de Pence discursar na Cúpula das Américas, o chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, pediu uma réplica ao vice-presidente americano. No entanto, ele se levantou e foi embora da sala enquanto o ministro cubano falava.

Poucas expectativas

O primeiro vice-presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, em sessão constitutiva da IX legislatura da Assembleia Nacional do Poder Popular
          Presidente Miguel Díaz-Canel- EFE/Alejandro Ernesto/Arquivo

A Casa Branca afirmou que tem poucas expectativas de ver mudanças em Cuba no governo de Miguel Díaz-Canel, que substitui Raúl Castro na Presidência, e que planeja manter a linha dura para com Havana.

"Amamos Cuba. Estamos cuidando de Cuba", disse hoje o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em discurso na Flórida.

O Departamento de Estado dos EUA, por sua vez, pediu a Díaz-Canel que "escute e responda" os pedidos dos cidadãos cubanos, que desejam ver um país mais "próspero, livre e democrático".

"O novo presidente de Cuba deveria dar passos concretos para melhorar a vida do povo cubano, respeitar os direitos humanos, acabar com a repressão e permitir mais liberdade política e econômica", disse um porta-voz do órgão à EFE.

"O presidente Díaz-Canel tem agora uma decisão a tomar: seguir com o precedente autoritário dos irmãos Castro ou avançar para um estilo de governo mais aberto e democrático", disse o porta-voz. 

Edição: Augusto Queiroz

Últimas notícias