ANP enviará comboio de 20 caminhões com remédios à Faixa de Gaza

Publicado em 07/05/2018 - 12:29 Por Da Agência EFE - JERUSALÉM

A Autoridade Nacional Palestina (ANP) enviará um comboio de 20 caminhões com remédios para a Faixa de Gaza, que enfrenta a escassez desses bens após mais de um mês de protestos na fronteira com Israel, que já deixaram 51 palestinos mortos por fogo israelense e quase 8 mil feridos.

"O Ministério da Saúde ordenou o envio de um comboio composto de 20 caminhões que contêm todo tipo de remédios dos armazéns centrais para os do Ministério em Gaza", informou nesta segunda-feira (7) a instituição em comunicado.

No fim de semana, o ministério indicou que seu estoque de remédios e material cirúrgico estava em seu "ponto mais baixo" e fez um pedido para que os mesmos fossem fornecidos "o mais rápido possível".

Marwan Abu Saada, diretor do Hospital Al Shifa, o maior centro médico da Faixa, destacou "a grave falta" de remédios e material cirúrgico, "especialmente devido ao alto número de cirurgias que estão sendo realizadas nas vítimas da Grande Marcha do Retorno".

Além de diferentes materiais utilizados em cirurgias, Abu Saada também solicitou antibióticos e remédios, gazes esterilizadas e outros materiais necessários na sala de operações, e destacou que era necessário resolver a situação para poder oferecer atendimento médico adequado.

No dia 30 de março, as facções palestinas em Gaza lançaram uma campanha de protestos conhecida como a Grande Marcha do Retorno, que pede aos residentes que se aproximem da fronteira com Israel para reivindicar o fim do bloqueio sobre o território palestino e o direito ao retorno dos refugiados.

Desde então, 51 palestinos morreram por fogo israelense, a maioria em manifestações ou incidentes violentos perto da divisa da Faixa, que é controlada pelo movimento islamita Hamas, apesar dos esforços de reconciliação em andamento com o Fatah, partido que governa a ANP na Cisjordânia.

Israel, por sua vez, insiste que os islamitas utilizam os protestos para provocar danos na cerca de separação, e assim infiltrar em seu território para cometer ataques, algo que "não vai tolerar" e não permite que ninguém se aproxime a menos de 300 metros da divisa.

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