Com abstenção de 53,98%, Maduro é reeleito com 6,1 milhões de votos
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, obteve 6,1 milhões de votos na eleição deste domingo (20) e governará o país por mais seis anos. Segundo boletim divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), 20,5 milhões de venezuelanos estavam convocados a participar do pleito, e o índice de abstenção ficou em 53,98%, o que significa uma das participações mais baixas da história venezuelana.
A vice-presidente do CNE, Sandra Oblitas, informou que o Maduro teve 6.190.612 votos, enquanto o adversário mais próximo, o ex-governador Henri Falcón, conseguiu 1.917.036. O levantamento de hoje define o índice de participação em 9.132.655, ligeiramente superior aos 8.603.936 votos anunciados domingo.
O ex-pastor evangélico Javier Bertucci obteve 988.761 votos e o engenheiro Reinaldo Quijada, 36.246, o terceiro e quarto lugares das eleições, denunciadas como "fraude" pela principal coalizão opositora e por boa parte da comunidade internacional.
O primeiro boletim dava 5.823.728 apoios a Maduro; 1.820.552 a Falcón; 925.042 a Bertucci; e 34.614 a Quijada. A porcentagem de participação, que estava em 46,01%, hoje subiu para 46,02%.
Falcón disse ontem (20) que não reconheceria o resultado das eleições presidenciais por causa das reiteradas violações de acordos feitas por Maduro antes das eleições e exigiu que o processo seja refeito ainda neste ano.
Na mesma linha, pronunciou-se Luís Emilio Rondón, o único dos cinco integrantes da CNE que é crítico ao chavismo, ao denunciar que o processo "foi oportunista desde o início". Segundo Rondón, ontem "ficou suficientemente claro para os venezuelanos o desequilíbrio". Ele disse que não reconhece os resultados anunciados, pois "estão viciados do ponto de vista da liberdade que deveram ter" os eleitores.