Governador do Texas quer armar professores para combater tiroteios

Publicado em 21/05/2018 - 10:36 Por Leandra Felipe - Correspondente da Agência Brasil - Atlanta (EUA)

Dois dias depois de o estudante Dimitri Pagourtzis, 17 anos, abrir fogo em uma escola do Texas em que 10 pessoas morreram, o governador texano, Dan Patrick, defendeu armar os professores e dar mais atenção ao bullying e aos videogames violentos. Em momento algum, ele se disse favorável ao fim das armas de fogo. "As armas fazem parte de quem somos como nação", afirmou.

A afirmação de Dan Patrick ocorre após o tiroteio que deixou 10 mortos e 12 feridos em Santa Fé High School, uma escola de ensino médio da região de Houston (Texas). A proposta de armar professores foi sugerida, no passado, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, depois do massacre na escola de Parkland na Flórida, que deixou 17 mortes em fevereiro passado.

Em entrevistas, o governador do Texas lembrou que a segunda emenda da Constituição norte-americana menciona “milícia bem administrada”. Segundo ele, os professores integram essa “milícia bem administrada". Ele costuma repetir que "são as armas que também param os crimes”.

No Texas, os professores já têm aval legal para andar armados e portar armas em sala de aula, mas são os distritos escolares (condados), escolas e pais que decidem ou não por permitir a medida.

O governador também sugeriu fazer mudanças nos prédios escolares para limitar a entrada e saída nas escolas, alterando o layout para que os alunos passem por um controle de segurança mais eficaz antes de entrar nas escolas.

Suspeito

Identificado como Dimitrios Pagourtzis, o principal suspeito de promover o tiroteio em Houston é investigado pelo FBI (Federal Bureau of Investigation) e por policiais texanos. Ainda não há detalhes sobre as motivações do crime.


Fontes anônimas entrevistadas pela imprensa norte-americana disseram que o jovem suspeito teria estudado casos anteriores de tiroteios em escolas antes de abrir fogo na Santa Fé High School. Foi 22º tiroteio no país desde janeiro.

Edição: Graça Adjuto

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