Cristiano Ronaldo faz acordo com a Justiça para pagar multa por crime

Publicado em 15/06/2018 - 11:49 Por Agência EFE - Madri

O atacante Cristiano Ronaldo aceitou um acordo proposto pela Promotoria de Madri para se declarar culpado de cometer quatro crimes fiscais e pagar uma multa de 18,8 milhões de euros para a Agência Tributária da Espanha, que ainda precisa aprovar a negociação entre as partes.

Fontes da Justiça espanhola informaram à Agência EFE que o craque do Real Madrid apresentou uma proposta à Promotoria de Madri nas últimas semanas. Os promotores fizeram uma contraproposta, que foi aceita pelos advogados do atacante português.

O acordo agora será avaliado pela Agência Tributária, que fez a denúncia contra Cristiano. Se o órgão não aceitar os termos firmados entre jogador e promotores, o pacto será invalidado.

Cristiano aceitou ser considerado culpado de ter cometido quatro crimes fiscais e receber uma pena total de dois anos de prisão, seis meses por cada delito, mas a defesa do craque confia que a condenação penal será substituída por outra multa.

A Agência Tributária já afirmou que não quer a substituição, ou seja, deseja que Cristiano seja condenado a dois anos de prisão. Mesmo que a pena seja comutada, o órgão quer que o atacante seja considerado reincidente caso cometa outro delito similar no futuro.

Não fosse essa opção, disseram as fontes consultadas pela Efe, a Agência Tributária teria usado a via administrativa, não a penal, para punir o jogador e exigiria uma multa muito maior.

Os promotores acusam Cristiano Ronaldo de quatro crimes contra a Receita da Espanha, cometidos entre 2011 e 2014. O jogador teria cometido uma fraude tributária de 14,7 milhões de euros.

Caso o acordo seja aceito pela Agência Tributária, o documento será enviado para o Juizado de Instrução de Pozuelo de Alarcón, nos arredores de Madri, onde o jogador foi ouvido há quase um ano.

Naquela ocasião, Cristiano afirmou que a Receita da Espanha conhecia suas contas em detalhe. "Nunca escondi nada e jamais tive a intenção de sonegar impostos", disse na época. 

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