EUA suspendem "indefinidamente" exercícios militares na Coreia do Sul

Publicado em 23/06/2018 - 08:51 Por Agência EFE - Washington

 O Pentágono anunciou a suspensão "indefinida" dos exercícios militares na Coreia do Sul em cumprimento do estipulado entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, na semana passada.

"Para apoiar a implementação dos resultados da cúpula de Singapura, e em coordenação com nosso aliado, a República da Coreia, o secretário [James] Mattis suspendeu indefinidamente os exercícios", disse o Pentágono em comunicado.

Além da já conhecida suspensão das manobras conjuntas de agosto "Guarda da Liberdade", o Pentágono cancelou dois programas de treinamento com militares sul-coreanos programados para os próximos três meses.

Os Estados Unidos também anunciaram que "decisões adicionais dependerão de que a Coreia do Norte siga com negociações produtivas de boa-fé". 

O anúncio foi realizado após uma reunião entre o secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis; o secretário de Estado, Mike Pompeo; o presidente do Estado-Maior Conjunto, general Joseph Dunford; e o assessor de Segurança Nacional de Trump, John Bolton.

A reunião tinha como objetivo falar da "implementação dos resultados da cúpula de Singapura".

Os exercícios militares "Guarda da Liberdade" são uma das manobras "defensivas" anuais que Washington e Seul realizam "para melhorar a preparação" das suas Forças Armadas, "proteger a região e manter a estabilidade da península".

Em 2017, as manobras se desenvolveram entre os dias 21 e 31 de agosto, com a participação de 17,5 mil militares americanos, 3 mil deles chegados de fora das bases que Washington tem na Coreia do Sul.

Além de EUA e Coreia do Sul, participaram das manobras Colômbia, Dinamarca, Austrália, Canadá, Nova Zelândia, Reino Unido e Holanda – todos integrantes da coalizão liderada por Washington e Seul na Guerra da Coreia (1950-1953).

Embora os EUA sempre tenham defendido que as manobras "cumprem" com o armistício assinado em 1953 e países neutros atuem como "observadores", a Coreia do Norte as considera uma "provocação".

Os outros dois exercícios militares cancelados são do Programa Coreano de Troca de Fuzileiros Navais (KMEP, em inglês), dos quais também costumam participar milhares de militares de ambos países. 

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