Governo etíope confirma um morto e 154 feridos em ataque em comício

Publicado em 23/06/2018 - 13:20 Por Agência EFE - Adis Abeba

A explosão de uma granada durante um grande comício de apoio ao novo primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, deixou um morto e pelo menos 154 feridos. O ministro de Saúde do país, Amir Aman, atualizou o número de vítimas pelo Twitter. Segundo as informações divulgadas, dez pessoas se encontram em estado grave.

A explosão ocorreu pouco depois do fim do discurso de Abiy na famosa Praça Meskel, na capital do país. O primeiro-ministro foi rapidamente retirado do palco por seguranças, como mostram imagens divulgadas pela Agência de Notícias Etíopes (ENA).

Em discurso na emissora estatal depois do incidente, o premiê disse que a ação foi um "ataque bem orquestrado que fracassou".

Depois da explosão, o primeiro-ministro prometeu que ataques desse tipo não impedirão que a coalizão governista, a Frente Democrática Revolucionária Etíope, de aplicar o programa reformista com o qual foi eleita.

"Quero garantir a vocês que não voltaremos atrás na Etiópia. O amor sempre ganha. Matar os outros é uma derrota. Aqueles que tentaram nos dividir não tiveram êxito", disse o primeiro-ministro, prometendo que os responsáveis pelo ataque serão levados à Justiça.

Segundo a emissora OMN, duas mulheres e um homem foram presos pela polícia por relação com a explosão.

A delegação da União Europeia (UE) em Adis Abeba e a Embaixada dos Estados Unidos no país condenaram o ataque.

Abiy Ahmed, que chegou ao poder em abril, é um jovem político reformista que adotou uma série de medidas que buscam entrar em uma época mais democrática e de maior liberdade na Etiópia, um caminho criticado por setores conservadores da coalizão governista.

O primeiro-ministro assumiu após a inesperada renúncia de seu antecessor, Hailemariam Desaleng, que decretou estado de emergência no país em resposta a uma crescente onda de protestos.

O novo premier suspendeu o estado de emergência, libertou vários presos políticos, prometeu dialogar com a oposição e decidiu aplicar o acordo de paz firmado em 2000 com a Eritreia. 
 

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