Melania diz odiar separação de filhos de imigrantes de suas famílias

A primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, disse que odeia a medida que separa as crianças imigrantes de suas famílias após atravessarem a fronteira sul do país.

A medida afeta pelo menos 2 mil menores de idade e é consequência direta da política migratória do marido da primeira-dama, o presidente americano, Donald Trump.

"Melania odeia ver as crianças separadas de suas famílias. Ela confia que os partidos (democrata e republicano) possam se unir para conseguir uma reforma migratória bem-sucedida", disse à Agência EFE a porta-voz da primeira-dama, Stephanie Grisham.

"Ela acredita que temos que ser um país que deve seguir todas as leis, mas também um país que governa com o coração", completou.

As palavras da primeira-dama podem parecer uma crítica frontal à política do marido, mas o próprio Trump já reconheceu que odeia que separem as crianças dos pais na fronteira e atribuiu o problema às leis existentes e à suposta oposição dos democratas em revisá-las.

Mais clara foi a ex-primeira-dama Laura Bush, que rompeu seu habitual silêncio em temas políticos para pedir ao governo de Trump que não separe as crianças imigrantes de seus pais.

"Vivo em um estado na fronteira (Texas). Aprecio a necessidade de proteger nossas fronteiras internacionais, mas essa política de 'tolerância zero' é cruel. É imoral. E parte meu coração", escreveu a esposa do ex-presidente George W. Bush, que governou o país entre 2001 e 2009, em artigo publicado pelo The Washington Post.

Laura comparou as imagens das instalações para onde as crianças imigrantes estão sendo levadas com os "centros de internamento" de japoneses nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, afirmando que esse foi um dos episódios mais vergonhosos da história do país.