Refugiado, ex-guarda-costas de Bin Laden é detido na Alemanha

Publicado em 25/06/2018 - 12:47 Por Agência EFE - Berlim

A polícia de Bochum (oeste da Alemanha) deteve hoje (25) o tunisiano Sami A., de 42 anos e ex-guarda-costas do chefe da rede terrorista Al Qaeda, Osama Bin Laden, que vivia como residente na Alemanha à espera de asilo político, desde 2005, acompanhado da mulher e dos filhos.

A detenção ocorreu durante a visita que o detido é obrigado a fazer à delegacia local diariamente, de acordo com as condições impostas depois que foi rejeitado seu pedido de asilo e porque está fichado como indivíduo perigoso pelos seuscontatos passados com o terrorismo islâmico.

Até agora, não tinha ocorrido uma expulsão porque uma sentença emitida em 2017 por um tribunal de Münster estabeleceu que corria perigo de ser torturado e sofrer "tratamento desumano", caso fosse entregue ao seu país de origem, a Tunísia.

A situação do detido gerou certo rebuliço na Alemanha, por causa de sucessivas informações do popular jornal Bild sobre a impossibilidade prática das autoridades do país para expulsar peticionários de asilo rechaçados, incluídos casos como o ex-guarda-costas e apesar de constar nos arquivos policiais como "perigoso".

Uma recente sentença do Tribunal Constitucional (TC) alemão, que também se referia a um cidadão tunisiano, abriu a porta agora a ditar e executar uma ordem de expulsão contra Sami A.

O TC rejeitou em maio a reivindicação de inconstitucionalidade apresentada pela defesa do suposto terrorista, a quem a Tunísia reivindicava por envolvimento no atentado contra o museu do Bardo, cometido em 2015 e com um balanço de 24 mortos.

Na sentença, o TC estimou que a extradição de um terrorista potencial a um país, no qual poderia ser condenado à morte, não viola a Lei Fundamental alemã, "se a execução da pena capital ficar excluída".

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