Trump tarifa em 25% importações chinesas por roubo de tecnologia

Publicado em 15/06/2018 - 10:10 Por Agência EFE - Washington

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (15) a imposição de tarifas de 25% às importações chinesas, no valor de US$ 50 bilhões, que contêm "tecnologias industrialmente significativas", em uma nova escalada nas tensões comerciais com Pequim.

"Por conta do roubo de propriedade intelectual e tecnológico e outras práticas comerciais injustas, os EUA implementarão uma tarifa de 25% sobre US$ 50 bilhões de produtos da China que contêm tecnologias industrialmente significativas", afirmou a Casa Branca em comunicado.

"Essas tarifas", acrescentou a nota, "são essenciais para prevenir maiores transferências injustas de tecnologia e propriedade intelectual americana à China, além de proteger empregos nos EUA".

O presidente tomou a decisão em reunião realizada ontem na Casa Branca com o secretário de Comércio, Wilbur Ross, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e o responsável pelo Comércio Exterior, Robert Lighthizer.

Trump revelou, em março, seus planos de impor tarifas por US$ 50 bilhões à China, pelo déficit comercial de Washington com relação a Pequim. Iniciou assim um período de confronto comercial entre as duas maiores economias do mundo.

O governo de Trump identificou então cerca de 1,3 mil produtos chineses que planejava taxar, em uma lista na qual incluiu aparatos de tecnologia de ponta das indústrias aeroespacial e robótica.

Essas tarifas se somariam às já impostas por Trump, em nível mundial, às importações de aço (25%) e alumínio (10%).

Pequim já advertiu que responderá às medidas protecionistas com ações recíprocas e que serão cancelados os acordos alcançados nessa área, após dois meses de negociações com Washington.

"A nossa posição continua sendo a mesma. Se os EUA tomarem medidas unilaterais e protecionistas que danifiquem os interesses chineses, responderemos imediatamente, tomando as decisões necessárias para salvaguardar nossos legítimos direitos e interesses", acrescentou o porta-voz das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, em entrevista coletiva.

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