Turquia registra 3 mortos e 19 detidos durante jornada eleitoral

Eleitores votaram hoje para escolher parlamentares e presidente

Publicado em 24/06/2018 - 13:13 Por Agência EFE - ISTAMBUL

Três pessoas morreram e pelo menos 19 foram detidas neste domingo (24) em diferentes incidentes ocorridos durante as eleições presidenciais e parlamentares na Turquia.

Durante um tumulto em um centro de votação na cidade de Erzurum, no leste do país, três pessoas morreram com tiros e outras três ficaram feridas, de acordo com o jornal Cumhuriyet. Os mortos são dois eleitores e o chefe local do partido de oposição IYI, Mehmet Siddik Durmaz.

Segundo explicou Hüsnü Yilan, do opositor Partido Republicano do Povo (CHP), houve uma briga no centro de votação quando chegaram 24 agentes do Ministério do Interior e depois um jovem membro do partido governante, Justiça e Desenvolvimento (AKP), que pretendiam permanecer no interior do local.

Os filiados ao CHP resistiram e aconteceu uma briga durante a qual, conforme esta versão, os recém-chegados atiraram e mataram Durmaz e dois cidadãos que votavam.

"Primeiro vieram 24 agentes do Ministério do Interior. Não aceitamos, resistimos. Depois veio um jovem cujo nome não sei, do AKP por Erzurum. Também não permitimos que ele ficasse. Houve briga, atiraram", declarou Yilan.

Outro membro do IYI, Ümit Ozdag, ficou ferido após um ataque em um centro de votação em Istambul, onde as forças de segurança detiveram seis pessoas.

Na cidade de Suruç, na província de Sanliurfa, no sudeste do país, três pessoas ficaram feridas após um tumulto em outro centro de votação. Na mesma situação foram feitas três detenções após as forças de segurança descobrirem três sacos cheios de votos selados em um carro.

Em Suruç também houve denúncias de que uma urna tinha sido enchida com votos falsos. O chefe da Comissão Eleitoral Suprema (YSK), Sadi Güven, confirmou que a instituição "tomou as necessárias medidas administrativas e jurídicas", segundo a emissora NTV.

O opositor CHP denunciou que seus observadores foram expulsos de vários centros de votação de Sanliurfa sob ameaças e golpes.

O Ministério do Interior comunicou a detenção de dez estrangeiros em Agri, no leste do país, sendo três franceses, três alemães e quatro italianos.

De acordo com as autoridades, eles se identificaram como observadores da missão da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), mas não estavam com o credenciamento necessário para poderem vigiar a votação. EFE

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