Maduro volta a rejeitar intervenção dos Estados Unidos

Publicado em 05/07/2018 - 06:43 Por Agência EFE - Caracas

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reiterou sua rejeição a uma intervenção militar por parte dos Estados Unidos (EUA) e pediu às Forças Armadas que "não baixem a guarda nem um segundo" para defender o direito do país de "viver em paz".

Em uma cerimônia militar, ele afirmou que "uma intervenção militar do império americano não será jamais uma solução para os problemas da Venezuela", ao referir-se à notícia de que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs há vários meses ao seu gabinete a possibilidade de invadir o país.

"Quando fiz essa denúncia no ano passado, o próprio governo dos EUA veio me desmentir imediatamente. Hoje é uma confirmação", disse Maduro.

Durante o ato, ele destacou ainda que a força militar deve ter "máxima moral" e "máxima disciplina", além da "responsabilidade de estar preparada para defender o território nacional em qualquer condição".

Meios de comunicação americanos informaram hoje que Trump propôs, há vários meses, ao seu gabinete a possibilidade de invadir a Venezuela, alegando questões de segurança nacional.

De acordo com a emissora CNN, que cita fontes próximas ao presidente que pediram anonimato, Trump avaliou essa possibilidade em um dos momentos de maior tensão entre Washington e Caracas.

Em todo caso, de acordo com essas fontes, a possível invasão do país latino-americano "nunca foi uma opção iminente".

A relação entre os Estados Unidos e a Venezuela está abalada desde que Trump assumiu a presidência em janeiro de 2017.

Como resultado dessa tensa relação, nos últimos meses a Casa Branca aplicou várias sanções contra funcionários e empresas venezuelanas. Chegou, inclusive, a discutir uma resolução para iniciar o processo destinado a suspender a Venezuela da Organização dos Estados Americanos (OEA).

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