Atentado no fim das eleições do Afeganistão mata 8 policiais

Publicado em 20/10/2018 - 15:03 Por Agência EFE - Cabul

Pelo menos oito policias morreram e sete pessoas ficaram feridas em um atentado suicida hoje (20) sábado em Cabul, no Afeganistão, pouco antes do encerramento das eleições parlamentares que deixaram dezenas de mortos e 125 feridos em todo o país.

Um insurgente que usava colete com explosivos tentou entrar em um colégio eleitoral no norte de Cabul, mas os agentes perceberam e evitaram o acesso.

"Infelizmente, o criminoso detonou os explosivos, feriu sete pessoas e matou oito policias", disse à Agência EFE o porta-voz da polícia de Cabul, Basir Mujahid, quando ainda não tinha o número exato de vítimas.

De acordo com o porta-voz do Ministério da Saúde do Afeganistão, Zear Khan, conforme informações iniciais, 27 pessoas ficaram feridas e cinco morreram no atentado. Ele não divulgou a identidade das vítimas.

A fonte tinha informado anteriormente sobre uma série de explosões em Cabul, deixando "78 feridos e três mortos", todos civis.

Além disso, na província nortista de Kunduz,  cerca de 50 bombas e outros ataques durante o dia "deixaram pelo menos dois mortos e mais de 40 feridos", segundo o chefe do Conselho Provincial, Yusuf Ayubi.

Segurança reforçada

Para garantir a segurança no pleito, o governo afegão desdobrou 70 mil soldados e policias em todo o país, conforme informou o Ministério de Interior. O número representa um aumento de 16 mil militares com relação ao anunciado.

Enquanto isso, os talibãs lembraram hoje à população que "os centros eleitorais do inimigo em todo o país estão sob ataque" dos insurgentes e pediram para que a população não participasse deste "processo" falso se desejasse "salvar suas vidas", segundo um comunicado divulgado pelo porta-voz talibã, Zabihullah Mujahid.

Previstas inicialmente para 2015, mas adiadas por causa da falta de segurança, da instabilidade política e de problemas financeiros, as eleições são vistas como uma prova de fogo para a frágil democracia afegã e como um teste antes do pleito presidencial marcado para abril do ano que vem.

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