Em maratona de votação, deputados argentinos aprovam Orçamento de 2019

Publicado em 25/10/2018 - 07:51 Por Agência Brasil* - Buenos Aires

Em uma sessão tensa e tumultuada, a Câmara dos Deputados da Argentina aprovou por 138 votos a favor, 103 contra e 8 abstenções em primeira votação o Orçamento para 2019. Na imprensa do país, a votação foi classificada como “maratona”, pois superou 14 horas.

O texto inclui redução de gastos públicos no esforço de alcançar a meta de déficit fiscal definido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), e uma série de outras medidas. O Orçamento ainda tem de ser votado no Senado.

Legisladores da Argentina discutem projeto orçamentário no Congresso argentino em Buenos AiresREUTERS/Martin Acosta
Sessão da Câmara da Argentina foi tumultuada. Agora, Senado votará Orçamento para 2019     REUTERS/Martin Acosta/Direitos Reservados

Os governistas apelaram para aprovação do texto em nome do fim do estresse social e a busca pela redução da inflação. A Argentina passa por uma grave crise econômica com desvalorização da moeda e inflação projetada de mais de 40% para este ano, além da previsão de queda da atividade econômica de 2,6%.

O governo Mauricio Macri recorreu a dois empréstimos do FMI, que impôs severas exigências para sua concessão.

Propostas

Pelo texto do Orçamento, proposto pelo governo Mauricio Macri, é necessário cortar despesas em todas as áreas para reduzir a zero o déficit fiscal primário e investir 70% dos recursos em gastos sociais, entre outros pontos.

As metas fazem parte do acordo concluído com o Fundo Monetário Internacional, que assegura um auxílio financeiro para a Argentina de 57,1 bilhões de dólares até o primeiro trimestre de 2020.

Pela proposta do governo, a inflação projetada para 2019 deve ficar em torno de 23% e o dólar a $ 40,10 (pesos argentinos).

Conflitos

Ontem (24), durante a votação houve confrontos entre manifestantes contrários ao governo e forças policiais. Os manifestantes jogaram pedras e paus contra os policiais, que reagiram com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha.


*Com informações da Telam, agência pública de notícias da Argentina

Edição: Kleber Sampaio

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