Rei saudita discute com Pompeo relações bilaterais, diz agência

O rei Salman bin Abdulaziz, da Arábia Saudita, conversou nesta terça-feira (16) com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, sobre as relações entre os dois "países amigos", segundo a agência pública SPA, que não menciona eles abordaram o caso do jornalista saudita desaparecido Jamal Khashoggi.

"Durante o encontro, foram abordadas as relações históricas entre os dois países amigos, a situação atual na região e os esforços realizados para ela", informou a agência em breve nota divulgada posteriormente pelo Ministério das Comunicações saudita.

O texto não menciona Khashoggi, ex-gerente-geral do grupo de comunicação Al Arab Media Group e colunista do jornal americano The Washington Post, que desapareceu há duas semanas após entrar no consulado saudita em Istambul para buscar documentos e nunca mais sair.

As investigações na Turquia mostram que Khashoggi, exilado desde 2017, pode ter sido assassinado no consulado saudita, mas possibilidade é rejeitada pelas autoridades do reino.

A agência informa que a reunião de Pompeo com o rei Salman também contou com o príncipe saudita e ministro de Interior, Abdulaziz bin Saud bin Nayef; o ministro das Relações Exteriores, Adel al-Jubeir, e Khaled bin Salman, irmão do príncipe herdeiro e embaixador saudita em Washington.

O príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, não esteve na reunião, mas ainda deve se encontrar com o secretário de Estado americano.

A agência também divulgou imagens do encontro, nas quais é possível ver Pompeo conversando com os dirigentes sauditas. O presidente americano, Donald Trump, anunciou ontem a viagem de Pompeo a Riad para tratar do caso Khashoggi.

Embora Trump tenha se mostrado crítico em relação ao governo saudita pela falta de uma resposta convincente sobre o paradeiro do jornalista, ele ressaltou que, durante uma conversa com o monarca, ouviu que o rei não tinha conhecimento sobre o assunto.

O desaparecimento do jornalista elevou a pressão internacional sobre a Arábia Saudita, que por enquanto só recebeu o apoio de outros países árabes como Egito, Jordânia e Sudão.