Trump agradece a Erdogan por ajudar a libertar missionário

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, agradeceu neste sábado (13) a seu colega turco, Recep Tayyip Erdogan, por ajudar a libertar o missionário americano Andrew Brunson, que ficou detido na Turquia durante dois anos e que se reunirá com o líder na Casa Branca.

"O pastor Andrew Brunson, libertado pela Turquia, estará comigo no Salão Oval esta tarde. Será maravilhoso vê-lo e conhecê-lo. É um grande cristão que passou por uma experiência muito difícil. Eu gostaria de agradecer ao presidente Erdogan por sua ajuda!", afirmou Trump.

Brunson deixou a Turquia na sexta-feira, fez uma parada na Alemanha para passar por uma avaliação médica, e deve desembarcar hoje na Base Aérea de Andrews (Maryland), nos arredores de Washington, informou ontem o porta-voz da Casa Branca Judd Deere.

No Twitter, Trump insistiu que "não houve acordo" com as autoridades turcas para conseguir a libertação de Brunson, depois que a imprensa americana informou que Washington tinha se comprometido a suspender as sanções que impôs a Ancara em agosto, relacionadas ao caso.

"Não houve acordo com a Turquia para a libertação e o retorno do pastor Andrew Brunson. Não faço tratos em troca de reféns. No entanto, houve uma grande gratidão por parte dos EUA, algo que levará a boas, talvez excelentes, relações entre os EUA e a Turquia", escreveu o presidente americano.

Um tribunal da Turquia decretou na sexta-feira a libertação de Brunson, que estava há dois anos preso, e lhe deu permissão para sair do país.

O caso de Brunson elevou as tensões entre Washington e Ancara desde julho deste ano, quando os EUA transformaram sua libertação em uma causa diplomática, enquanto a Turquia se defendeu, alegando a independência de seus tribunais.

Em agosto, a Casa Branca impôs sanções contra os ministros turcos de Justiça, Abdülhamit Gül, e de Interior, Süleyman Soylu, por seu papel na detenção de Brunson. O aumento das tensões contribuiu para uma queda da lira turca.

Trump, além disso, dobrou as tarifas sobre o aço e alumínio da Turquia, o que levou Ancara a responder com o aumento de taxas, que variam de 10% a 140% sobre alguns produtos americanos.