Atenas vira "campo de batalha" durante protesto

Ato lembrava 45 anos de revolta que levou ao fim da ditadura na Grécia

Publicado em 18/11/2018 - 10:44 Por Agência EFE - Atenas

Dezenove pessoas foram detidas em Atenas pelos distúrbios ocorridos após uma manifestação por ocasião do 45° aniversário da revolta da Universidade Politécnica em 1973, que supôs o princípio do fim da ditadura dos coronéis na Grécia. As 19 pessoas presas são suspeitas de delitos relacionados com os distúrbios e, concretamente, pelos ferimentos sofridos por dois policiais. 

Cerca de 12 mil pessoas, segundo a polícia, marcharam ontem (17) pacificamente sob o slogan "liberdade para o povo, morte ao fascismo" até a embaixada dos Estados Unidos, um ritual que acontece todos os anos. 

As primeiras detenções ocorreram quando, no final da marcha, um grupo de encapuzados atacou com extintores de incêndios, pedras e paus alguns policiais, que responderam com bombas de gás lacrimogêneo. 

As ruas do centro de Atenas viraram um campo de batalha durante cerca de três horas, até que a polícia conseguiu controlar a situação. 

Enfrentamentos similares foram vistos em outras partes do país como Salonica, a segunda maior cidade da Grécia, e Patras, no Peloponeso. 

Outro momento de tensão foi vivido diante da embaixada americana, quando manifestantes queimaram a bandeira de Estados Unidos e lançaram garrafas de plástico, cafés e ovos contra um grupo de ministros, deputados e executivos do partido governamental Syriza, entre eles o secretário-geral, Panvos Skurletis. 

Já na sexta-feira um grupo de altos cargos do Governo e Syriza tentaram comparecer à Universidade Politécnica para depositar uma coroa de flores em honra aos mortos, mas jovens de extrema esquerda impediram a passagem dos mesmos.

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