May rejeita no Parlamento renunciar ao cargo de primeira-ministra

Publicado em 15/11/2018 - 13:03 Por Da Agência EFE - Londres

A primeira-ministra do Reino Unido, a conservadora Theresa May, rejeitou hoje (15) renunciar ao cargo após as críticas geradas pelo acordo sobre o brexit ao qual chegou com Bruxelas.

Perguntada pelo deputado trabalhista Mike Gapes se planeja deixar o cargo para alguém que possa "levar o país para frente com unidade", a primeira-ministra respondeu com um conciso "não".

Um porta-voz oficial de Downing Street, sua residência e escritório oficial em Londres, afirmou aos veículos de imprensa que May espera continuar à frente do governo quando o Reino Unido deixar a União Europeia, em 29 de março.

Essa fonte também informou que a política conservadora terá de enfrentar uma eventual moção de confiança se um número suficiente de deputados "tories" decidir iniciar esse mecanismo para tentar forçar sua saída como líder do Partido Conservador.

Caso 48 deputados conservadores apoiem a moção, a formação convocaria uma votação na qual os críticos à gestão da primeira-ministra devem somar mais de 158 votos (a metade dos 316 deputados "tories") para iniciar um processo de eleições primárias.

Caso essa votação ocorresse e May saísse vencedora, o partido não poderia voltar a desafiar sua liderança em 12 meses. 

Moção de confiança

O deputado Jacob Rees-Mogg, líder do setor mais eurocético do Partido Conservador, confirmou o pedido ao seu grupo parlamentar para que a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, seja submetida a uma moção de confiança.

O político, que lidera cerca de 50 parlamentares do denominado European Research Group, informou que enviou uma carta com esta solicitação ao presidente do grupo parlamentar do Partido Conservador, Graham Brady, para promover a eleição de um novo líder.

Em entrevista coletiva no Parlamento britânico, o deputado afirmou que tomou esta decisão porque o acordo "técnico" de saída do Reino Unido da União Europeia (UE) firmado por Londres e Bruxelas não é um verdadeiro Brexit.

Para Rees-Mogg, May não cumpriu nenhuma das promessas que fez a respeito do Brexit, como "deixar a união aduaneira, manter a integridade territorial e prescindir da jurisdição do Tribunal Europeu de Justiça".

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