Relatório diz que Coreia do Norte mantém produção de armas nucleares

Publicado em 13/11/2018 - 07:05 Por Agência EFE - Washington

A Coreia do Norte mantém seu programa de armamentos nucleares de maneira secreta, apesar das negociações feitas há meses com os Estados Unidos, afirmou o Centro de Estudos Internacionais e Estratégicos (CSIS) em um relatório.

O documento mostra que, mesmo com as conversas entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, o regime está reforçando 13 instalações secretas usadas para armazenar, principalmente, armas nucleares.

Algumas dessas bases estão sendo ampliadas, segundo o CSIS. Outra das melhorias é a construção de vias de acesso ao local.

O relatório inclui fotos de satélite que permitem ver que o governo da Coreia do Norte promoveu uma série de melhorias nas instalações, que, segundo o CSIS, "possibilitariam o lançamento de mísseis em caso de urgência".

As informações representam um golpe para Trump, que nos últimos meses tem comemorado os progressos alcançados na desnuclearização da Coreia do Norte após ter se reunido com Kim em junho, em Singapura. Depois do encontro, Kim adotou uma série de gestos em prol do diálogo, desativando, por exemplo, a base de mísseis de Sohae, no Noroeste do país.

"O desmantelamento da estrutura de lançamento de satélites de Sohae por parte da Coreia do Norte, apesar do grande impacto midiático, obscurece a ameaça militar contra as forças dos EUA e da Coreia do Sul, procedente de outras bases de lançamento de mísseis balísticos não declarados", concluiu o CSIS no relatório.

Kim se comprometeu a abandonar o programa nuclear e mostrou disposição para aceitar a realização de inspeções de órgãos internacionais em troca de concessões por parte dos EUA.

No entanto, nas últimas semanas, as negociações esfriaram. A Coreia do Norte considera que adotou vários passos que não foram correspondidos de forma adequada pela Casa Branca. Trump não diminuiu as sanções contra o país e nem cancelou as manobras militares conjuntas com a Coreia do Sul, consideradas como provocação por Kim.

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