Ghosn recorre de decisão da Justiça japonesa de estender sua detenção

Publicado em 11/12/2018 - 09:02 Por Agência EFE - Tóquio

O ex-presidente da Nissan Motor, o brasileiro Carlos Ghosn, recorreu hoje (11) da decisão da justiça japonesa de ampliar o prazo de sua detenção depois que a promotoria apresentou novas acusações contra o empresário por ocultar pagamentos multimilionários.

Ghosn permanece em prisão provisória em Tóquio desde o dia 19 de novembro e ontem um tribunal da capital japonesa decidiu ampliar seu prazo de detenção até 20 de dezembro.

EPA9602. TOKIO (JAPÓN), 19/11/2018.- Foto de archivo del presidente de Nissan Motor, Carlos Ghosn, da una rueda de prensa en Tokio (Japón) el 20 de octubre de 2016. Las autoridades niponas se disponen a arrestar al presidente de Nissan Motor,
Carlos Ghosn recorreu da decisão da justiça japonesa de ampliar o prazo de sua detenção depois que a promotoria apresentou novas acusações por ocultar pagamentos multimilionários  (EFE/ Kimimasa Mayama / direitos reservados)

A promotoria apresentou contra ele na segunda-feira uma acusação formal por ocultar pagamentos milionários pactuados com a Nissan Motor entre 2011 e de 2015 e, além disso, emitiu outra ordem de detenção provisória que afetava outras supostas infrações fiscais nos três anos posteriores.

A denúncia foi anunciada após o término ontem do período de detenção provisória de Ghosn, o que obrigava a promotoria a colocá-lo em liberdade, suspender novas acusações e anunciar a acusação formal contra ele pelos fatos que levaram à sua detenção.

Recurso

A defesa do executivo brasileiro recorreu da decisão do tribunal de estender seu período de detenção, assinalaram fontes judiciais à agência japonesa Kyodo.

No entanto, o direito processual penal do Japão permite voltar a ampliar o prazo de detenção de Ghosn até 30 de dezembro para contar com mais tempo para continuar reunindo provas destinadas à sua acusação formal.

As acusações apresentadas pela promotoria afetam também parcialmente a Nissan Motor e outro diretor da companhia muito próximo a Ghosn, Greg Kelly, por seu vínculo com os fatos que levaram à prisão do empresário brasileiro.

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