Homem que matou brasileira na Nicarágua é condenado a 15 anos
A Justiça da Nicarágua condenou a 15 anos de prisão, por homicídio, porte de arma e posse ilegal de arma, e pagamento de multas o ex-militar e vigilante particular Pierson Adam Gutierrez Solis. Ele assumiu ter atirado e matado a estudante de medicina brasileira Rayneia Gabrielle da Costa Lima Rocha, de 30 anos, em julho.
A jovem foi atingida enquanto dirigia perto da universidade onde estudava em Manágua, capital nicaragüense. A Nicarágua enfrenta clima de tensão devido aos conflitos políticos intensos que geram protestos diários.
As informações estão na imprensa da Nicarágua. O jornal El Diario Nuevo detalha o julgamento conduzido pelo juiz Alvir Ramos. Segundo as investigações, o vigilante disparou na brasileira com uma Colt M4 Carbine 5,56 mm cor preta e sem série visível.
Julgamento
O vigilante argumentou que atirou por prevenção, pois ela dirigia em alta velocidade. Segundo os amigos, a brasileira retornava do hospital no qual fazia residência médica, era tarde da noite e seguia para casa.
Mesmo após ter o carro atingido, a brasileira seguiu dirigindo por uma distância de 104 metros, parando no lado direito da estrada. Ela saiu do carro e sentou-se na calçada, sangrando. Ela morreu no hospital e seu corpo foi enviado para o Instituto de Medicina-Legal. A conclusão é que ela morreu de hemorragia interna.
Recomendações
Desde o início da crise no país, o Ministério das Relações Exteriores orienta brasileiros a não viajar à Nicarágua.
Se a viagem for inevitável, o Itamaraty faz algumas recomendações:
- Evitar participar e aproximar-se de manifestações;
- Evitar deslocamentos desnecessários. Caso seja necessário, estar acompanhado ou passar por vias com policiamento;
- Manter em dia e válido o passaporte para uma eventual saída emergencial do país;
- Carregar sempre uma cópia do passaporte ou de um documento de identificação válido. Manter uma cópia também no correio eletrônico;
- Avisar pessoas próximas (parentes e amigos) da localização;
- Evitar viajar para o interior do país e se deslocar por estradas para fora da capital.