Indicado ao Comando Central dos EUA diz que líder do EI não é ameaça

Publicado em 04/12/2018 - 16:54 Por Agência EFE - Washington

O tenente-general Kenneth McKenzie, indicado para dirigir o Comando Central dos Estados Unidos (Centcom), afirmou hoje (4) que o líder do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al Baghdadi, não representa uma ameaça porque "é um homem muito assustado".

"É um homem muito assustado que foge pela sua vida em algum lugar próximo ao vale do Rio Eufrates [na Síria ou no Iraque], enquanto ele vive preocupado se vai morrer na próxima hora, é difícil planejar um atentado contra Detroit", afirmou McKenzie durante a audiência de confirmação no cargo diante do Comitê de Serviços Armados do Senado.

O líder do EI, cujo verdadeiro nome é Awwad Ibrahim Ali al-Badri al-Samarrai, é um dos terroristas mais procurados pelos EUA, principalmente depois que proclamou um califado na Síria e no Iraque, em junho de 2014.

McKenzie, que há alguns meses ocupava o cargo de diretor do Estado-Maior Conjunto dos EUA, assumirá em breve o comando das tropas americanas enviadas ao Oriente Médio.

Durante a audiência de confirmação, que se prolongou durante mais de uma hora, o tenente-general teve que responder às várias perguntas dos senadores sobre a situação na região. Entre outros assuntos, McKenzie abordou o conflito no Iêmen, que ressaltou ser "fruto das ambições iranianas" na região.

"Conseguir um acordo de paz [no Iêmen] requer que sigamos em contato com os Emirados Árabes e com a Arábia Saudita", respondeu o militar ao ser perguntado pela congressista democrata Elizabeth Warren sobre a idoneidade de Washington para se distanciar de Riad devido a possível participação da monarquia saudita na morte do jornalista Jamal Khashoggi em Istambul.

A respeito do Afeganistão, McKenzie apontou que neste momento os talibãs contam com 60 mil combatentes em terra, mas se mostrou otimista a respeito de um futuro acordo de paz, já que, segundo comentou, está sendo realizado um esforço diplomático nunca antes visto.

"Pelo menos não desta maneira, falando diretamente com os talibãs", afirmou o militar, que conta com experiência em combate no Afeganistão.

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