Protestos contra reforma educacional bloqueiam universidades na França

Publicado em 03/12/2018 - 12:36 Por Da Agência EFE - Paris

Pelo menos 100 universidades foram bloqueadas na França de forma total ou parcial para protestar contra reformas educacionais e, em alguns casos, em apoio ao movimento dos "coletes amarelos", informou o ministro da Educação, Jean-Michel Blanquier.

Movimentos estudantis como a União Nacional de Estudantes de Bacharelado (UNL, na sigla em francês) e o Sindicato Geral de Estudantes de Bacharelado (SGL) denunciam as reformas do bacharelado e o novo acesso ao ensino superior implantados pelo governo do presidente Emmanuel Macron.

Em comunicado, o SGL denunciou a violência durante as manifestações dos "coletes amarelos" no último sábado contra a alta dos impostos sobre combustíveis e o aumento do custo de vida, mas pediu o apoio à corrente pacífica do movimento.

Na cidade de Aubervilliers, nos arredores de Paris, vídeos publicados no Twitter mostram uma escalada da violência durante o bloqueio do instituto Jean-Pierre Timbaud, com incêndios e grupos de encapuzados fechando o acesso a carros de polícia e bombeiros.

"Trata-se de um facção que tenta se aproveitar da situação", disse o ministro em entrevista na emissora de televisão LCI, onde disse que uma "pequena minoria" impede o acesso aos estudantes em 100 das 4 mil faculdades no país.

Blanquier disse "não temer" que os protestos se espalhem para outros estabelecimentos e pediu responsabilidade individual, embora o governo tenha pedido a intervenção das forças da ordem para garantir a segurança de alunos e professores.

À margem destes protestos, os "coletes amarelos" continuam hoje suas ações em praças, rodovias, estradas e acessos a complexos petroleiros em diversos pontos do país, como Bretanha (oeste), Pireneus e Costa Azul (sudeste).

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