Afeganistão: bomba à beira da estrada causa 28 mortes e dez feridos

Publicado em 31/07/2019 - 10:18 Por RTP (emissora pública de televisão de Portugal) - Lisboa

Um carro com passageiros que seguia pela autoestrada em Kandahar-Herat foi atingido por uma bomba plantada por talibãs. Até agora pelo menos 28 pessoas morreram e dez ficaram feridos, afirmou o porta-voz da província ocidental de Farah, Muhibullah Muhib.

“Todos civis, maioritariamente mulheres e crianças”, acrescentou.

A explosão à beira da estrada principal que liga as capitais de Herat e Kandahar, na província de Farah, ocorreu neste quarta-feira, às 6h local (02:30 em Lisboa), de acordo com as autoridades.

“A bomba foi recentemente plantada pelos talibans para atacar os afegãs e as forças de segurança estrangeiras", revelou o porta-voz da polícia local Mohibullah Mohib.

No entanto, uma fonte oficial taliban negou quaisquer responsabilidades pelo ataque.

“A explosão não foi conduzida pelos talibans, estamos investigado o acidente", afirmou essa mesma fonte.

De acordo com um relatório das Nações Unidas, no primeiro semestre deste ano, as autoridades afegãs mataram 403 civis. Com a ajuda das operações internacionais, somam-se mais 314 inocentes.

Desde janeiro que este saldo negro aponta para a morte de 717 pessoas. Por sua vez, os talibans mataram 531 civis.

“O dano causado aos civis é chocante e inaceitável”, afirmaram as Nações Unidas.

Apesar de o número de inocentes ter descido 27 pontos percentuais, em relação ao mesmo período do ano passado, até agora morreram 1366 civis e cerca de 2440 ficaram feridos.

Os esforços para limitar a perda de vidas civis continuam a ser “insuficientes”, alegam as Nações Unidas.

“À medida que as negociações de paz continuam, há espaço para remover esses dispositivos e outros explosivos que geram dividendos na construção da paz", revelou o Mohammad Wakil Jamshidi, adjunto na unidade de Serviço de Ação Anti-Minas das Nações Unidas.

A Guerra no Afeganistão perdura quase há 18 anos. A tentativa de estabelecer um acordo de paz parece cada vez mais condenada ao fracasso.

Edição: Valéria Aguiar

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