Preocupação com coronavírus dispara nos EUA, mostra pesquisa
O nervosismo dos norte-americanos com a disseminação do novo coronavírus está no nível mais alto em mais de um mês, mostrou pesquisa Reuters/Ipsos divulgada nessa quarta-feira (1º), um dia depois de os Estados Unidos (EUA) registrarem o maior aumento diário de casos novos desde o início da pandemia.
O levantamento, realizado entre 29 e 30 de junho, revelou que 81% dos adultos norte-americanos estão "muito" ou "algo" preocupados com a pandemia, a taxa mais elevada desde uma pesquisa semelhante realizada em 11 e 12 de maio. O país já tem mais de 127 mil mortes pelo vírus, de longe o maior número do mundo.
O epicentro da epidemia de covid-19 nos EUA se transferiu do Nordeste para o Oeste e o Sul, especialmente Califórnia, Texas, Flórida e Arizona.
Autoridades de saúde pública acreditam que a decisão de reabrir bares em muitos estados foi um dos principais catalisadores dos aumentos acentuados nesses locais.
Os EUA registraram seu maior aumento diário - quase 48 mil novas infecções - na terça-feira (30), sendo mais de 8 mil na Califórnia e uma quantidade igual no Texas, mostrou contagem da Reuters.
Os temores sobre a pandemia parecem estar crescendo mais entre membros do Partido Republicano, do presidente Donald Trump, de acordo com a pesquisa Reuters/Ipsos.
Em geral, os republicanos têm mostrado menos disposição para impor e manter restrições a fim de conter a proliferação do vírus, como o confinamento em casa ou o uso de máscaras, transformando as medidas em questão partidária.
Cerca de sete em cada dez republicanos disseram estar pessoalmente preocupados com a disseminação do vírus, em comparação com seis em cada dez republicanos que foram ouvidos em pesquisas realizadas ao longo das últimas semanas. Entre os democratas, cerca de nove em cada 10 manifestaram receio semelhante, mas o número é igual ao de levantamentos anteriores.