Governo discute fórmulas para baixar o preço do gás de cozinha

02/08/2002 - 21h19

Brasília, 2 (Agência Brasil - ABr) - Técnicos do Governo discutiram hoje com a Petrobrás e a Agência Nacional do Petróleo, em reunião reservada, fórmulas para a redução do preço do gás liquefeito de petróleo de uso doméstico, o gás de cozinha. O resultado das discussões será submetido ao Presidente da República pelo ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, na próxima semana.

O objetivo do Governo, em princípio, é sensibilizar as áreas de distribuição e revendedores a baixarem os preços do gás vendido nos botijões, evitando intervenção. Os preços atualmente são muito variáveis nos municípios, em vista do impacto do ICMs, diferenciado em cada localidade, e do custo dos fretes. Mas, o Governo entende que os preços atualmente estão em patamar acima do que esperava, depois da liberação dos preços, frustrando os objetivos do programa Auxílio Gás, criado em janeiro deste ano, e que já está sendo pago a 6.417.364 famílias em todo o país. Mesmo com o auxílio, o governo considera que as classes mais pobres estão muito oneradas para comprar o GLP.

O benefício foi criado para compensar as famílias de baixa renda pelo fim do subsídio indireto ao preço do gás de cozinha, extinto desde 1º de janeiro de 2002, com a abertura total do mercado de combustíveis no país. São concedidos R$ 7,50 ao mês por família, mas o pagamento é feito bimestralmente em parcelas de R$ 15,00.

Para fazer os créditos, de fevereiro a julho, o Ministério de Minas e Energia destinou R$ 252,1 milhões. Estima-se que 9,3 milhões de famílias têm direito a receber o Auxílio-gás em todo o país, estando reservados para 2002, R$ 955 milhões.