Diretor da Globosat nega que empresa use prática anticompetitiva nas transmissões esportivas

18/04/2006 - 19h08

Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Uma empresa que compra os direitos de transmissão de um campeonato de futebol e nega-se a revender a transmissão a outros canais não prejudica a competitividade do setor, diz o diretor-geral da Globosat, Alberto Pecegueiro. Ele diz que "em nenhum país do mundo há compartilhamento dessas transmissões com emissoras concorrentes".

No dia 3 de abril último, a Procuradoria do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) divulgou parecer concluindo que, no Brasil, um canal esportivo que não transmita jogos de futebol nacional não tem condições de concorrer efetivamente. Assim, para viabilizar a concorrência no mercado de TV por assinatura, a Globosat e a Globopar deveriam ser obrigadas a flexibilizar suas políticas de comercialização.

Além de recomendar multas à Globosat e à Globopar pela inobservância do compartilhamento de sinais de TV com o Sistema Net, o Cade sugere a obrigatoriedade de compartilhamento dos sinais dos canais Sportv1 e Sportv2, assim como o sistema pay-per-view (Première Sportes) para todas as operadoras de TV por assinatura.

O parecer emitido pela Procuradoria do Conselho Administrativo de Defesa Econômica no dia 3 de abril é meramente opinativo e será ainda analisado ainda pelo conselheiro relator do processo, Paulo Furquim.