Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O anúncio do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de quevai estatizar os setores de energia e telecomunicações não causou surpresa aopresidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Gabrielli afirmou hoje (09) quea estatal brasileira continuará discutindo com a  estatal venezuelanaPDVSA projetos de interesse comum. “Acreditamos que isso(estatização) não altera em nada as nossas  discussões sobre os projetosna Venezuela”, disse. Entre os projetos em análise, citou a construção de umarefinaria conjunta, a participação  na exploração de gás, a participaçãoem campos maduros, além da continuidade de investimentos com a PetrobrasArgentina. “Estamos com vida normal. Nada muda”, garantiu.Segundo Gabrielli, há muito tempo o presidentevenezuelano vinha anunciando a pretensão de aumentar a participaçãodo controle do Estado sobre as riquezas. “Não é surpresa para ninguém isso”,afirmou.Gabrielli disse que “não há  petróleo em lugar calmo nomundo”. “Se você for investir no Iraque, no Irã, na China, na Líbia, naNigéria, em Angola, qualquer país do mundo tem problemas, e o petróleo,infelizmente, não dá em país muito calmo. Os problemas geopolíticos sãonaturais na indústria do petróleo”.