Crescimento do PIB foi "modesto", para Ciesp

13/06/2007 - 21h11

Paulo Montoia
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, de 4,3% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, foi considerado "modesto" pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). O resultado do PIB foi divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisado pelas duas entidades industriais em comunicados à imprensa.Para o diretor de departamento de economia do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, Boris Tabacof, “além do modesto crescimento de 0,8% em relação ao quarto trimestre de 2006, é preciso ressaltar a aceleração dos gastos públicos, que avançaram 3,5% na margem e a variação de 4,1% das importações frente ao aumento de apenas 1,2% das exportações. Mantido esse quadro, a contribuição líquida do setor externo será novamente negativa para o crescimento do PIB.”No texto, o Ciesp afirma que “à medida que a taxa de juros cede, câmbio e gasto público persistem como os principais entraves para que o crescimento do país seja impulsionado. Enquanto esses nós não forem resolvidos, a indústria de transformação continuará apresentando tímidos resultados, sem grandes expectativas para o futuro”.O comunicado contrasta com o emitido no dia 5, em que o Ciesp comentava o balanço do desempenho da indústria divulgado pelo IBGE, que indicou queda de abril em relação a março “O recuo da produção industrial no mês de abril em relação a março não é motivo para se acreditar em arrefecimento da atividade industrial”, dizia o comunicado, que destacava positivamente "as taxas de crescimento de 6,0% em relação a abril de 2006 e de 4,3% no acumulado do ano".O texto avaliava como "altamente positivo o avanço de 15,4% dos bens de capital no acumulado do ano e de 8,5% no acumulado dos últimos 12 meses” e finalizava afirmando que “o momento é favorável à indústria e não estamos assistindo desempenho superior apenas em função dos juros reais ainda muito elevados e da taxa de câmbio absolutamente fora do lugar".