Local do julgamento de acusado de matar Dorothy Stang deve ser decidido hoje

08/02/2010 - 10h11

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A sessão de hoje(8) das Câmaras Criminais Reunidas do Tribunal de Justiça do Pará(TJPA) deve analisar o pedido de mudança de local do julgamento dofazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, conhecido como Taradão. Ele éacusado de ser um dos mandantes do assassinato da missionárianorte-americana Dorothy Stang, em fevereiro de 2005, no município de Anapu, sudestedo Pará.De acordo com o TJPA, o juiz da comarca de Pacajá,responsável pelo município de Anapu, pediu que o julgamento dofazendeiro fosse transferido para Belém.Galvão é o únicodos quatro dos envolvidos na morte de Dorothy que ainda não foi ajulgamento, passados cinco anos do crime. Segundo o TJPA, após aconclusão da instrução processual que apurou a morte damissionária, ele foi apontado como um dos mandantes do crime. Noentanto, a defesa recorreu da sentença em tribunais superiores. Coma rejeição dos recursos, o fazendeiro conseguiu no TribunalRegional Federal da 1ª Região, de Brasília, o direito de aguardarem liberdade a data do julgamento.Dorothy Stang foiassassinada com seis tiros em 12 de fevereiro de 2005, no municípiode Anapu, sudeste do Pará. A missionária trabalhava com pequenosagricultores pelo direito à terra e contra a exploração porgrandes fazendeiros da região. No último sábado (6), outroacusado de mandar matar a religiosa, Vitalmiro Bastos de Moura, oBida, se entregou à Polícia Civil do Pará. Na quinta-feira (4), oSuperior Tribunal de Justiça (STJ) negou habeas corpusimpetrado pela defesa do acusado.Considerado intermediáriodo crime, Amair Feijoli da Cunha cumpre pena de 18 anos de prisão.Clodoaldo Carlos Batista, o Eduardo, pistoleiro que acompanhouRayfran das Neves no crime, cumpre pena de 17 anos de prisão. Nevesabriu mão do último júri, no ano passado, e ficou com a pena doprimeiro julgamento, realizado em dezembro de 2005, de 27 anos deprisão em regime fechado.