Cheios o ano todo, hotéis do Rio não sabem mais o que é baixa temporada

19/04/2011 - 20h21

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Pesquisa divulgada pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (Abih-RJ) mostra que a ocupação hoteleira na capital fluminense apresenta ritmo ascendente este ano. A rede hoteleira carioca já garantiu antecipadamente 91,95% de ocupação para a Semana Santa. Em comparação ao mesmo período do ano passado, a ocupação subiu cinco pontos percentuais. Em 2010, os números sinalizavam ocupação de 84,54%.

“Desde o início do ano, nós estamos ascendentes nas taxas de ocupação, sempre batendo os meses do ano anterior, em que a ocupação já foi muito boa. Isso sem levar em conta o incremento trazido pelo novo [hotel] Windsor Atlântico, que tem 550 quartos”, disse hoje (19) à Agência Brasil o presidente da Abih-RJ, Alfredo Lopes. “O Rio de Janeiro está na moda e nós esperamos que, com esse calendário fortificado, com o Paul McCartney em dois eventos, a ocupação média anual chegue perto de 78%”.

Os bairros que apresentam melhor desempenho em termos de ocupação para a Semana Santa são Ipanema e Leblon (98,35%), seguidos por Leme e Copacabana (96,93). Os hotéis do Flamengo e arredores estão com cerca de 90% dos quartos ocupados. Na Barra da Tijuca, a ocupação alcança 86,6%, revela a pesquisa.

O interior do estado também mostra uma ocupação “excepcional”, segundo Alfredo Lopes. Cidades como Conservatória, no Médio Paraíba, e Paraty, no litoral sul, conhecido como Costa Verde, já estão com 100% e 90% de ocupação para a Semana Santa, respectivamente. Mesmo na região serrana, que sofreu a devastação das chuvas fortes de janeiro, o nível de ocupação se aproxima de 70%. “Está parecendo que nós vamos ter uma ocupação cheia no estado do Rio de Janeiro todo”.

A comparação da ocupação média nos últimos dez anos mostra que o Rio de Janeiro está, praticamente durante todo o ano, em regime de alta temporada. “Com o mercado corporativo representando cerca de 65% da nossa ocupação, aqueles períodos chamados de baixa temporada não existem mais, o que é o ideal. Nós temos uma ocupação linear. A sazonalidade é muito ruim para a organização, para o orçamento, para tudo. E, com essa ocupação linear, você tem como prestar um serviço melhor, de forma adequada. Isso é bom para todo o segmento”.

Edição: Vinicius Doria