Empresários de Buenos Aires apoiam reação argentina à decisão do Brasil sobre licenças não automáticas

18/05/2011 - 11h05

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil


Brasília – A União Industrial da Província de Buenos Aires (UIPBA), que representa os empresários da capital e região, informou que apoia a estratégia de defesa da indústria nacional em reação à decisão do governo do Brasil em suspender as licenças não automáticas para a venda de automóveis e autopeças. Para a entidade, a medida pode prejudicar e desequilibrar o Mercosul, segundo informações da agência pública de notícias da Argentina, a Telam.

A medida foi tomada no último dia 12 e, desde então, uma série de negociações entre argentinos e brasileiros busca um acordo para o setor. Ontem (17) o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, negou a existência de uma crise entre Brasil e Argentina.

Para os empresários argentinos, é necessário reagir à decisão brasileira para “preservar o emprego da Argentina”. "O Brasil sempre subsidiou e promoveu suas exportações", afirmou o presidente da UIPBA, Osvaldo Rial, em nota à imprensa.

Rial disse que o governo do Brasil deve reconsiderar a decisão sobre a entrada de produtos oriundos da Argentina. Segundo ele, a expectativa é que por meio do diálogo, as autoridades argentinas e brasileiras superem o conflito bilateral.

“[As restrições afetam] não só a indústria automotiva, mas todo os setores, que integram parte da cadeia de abastecimento, a maioria das quais são peças de automóveis", disse Rial. De acordo com ele, a concessão de licenças não automáticas segue os acordos da Organização Mundial do Comércio (OMC) para proteger a indústria local.

 

Edição: Lílian Beraldo