Da BBC Brasil

Brasília – O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, afirmou que o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, não está em posição de comandar o órgão no momento, em declaração que eleva a pressão pela substituição do francês.

Strauss-Kahn foi preso em Nova York no último sábado (14) depois que uma camareira do hotel onde ele ficou hospedado o acusou de agressão sexual, cárcere privado e tentativa de estupro. Na última segunda-feira (16), uma juíza negou a ele a liberdade sob fiança.

O secretário norte-americano não pediu a renúncia de Strauss-Kahn, mas disse, em evento em Nova York, que o FMI deveria indicar formalmente seu substituto interino, para que o órgão mantenha a capacidade de atuar perante eventos como a crise da dívida em países europeus.

O governo dos Estados Unidos tem forte influência sobre a decisão de quem comanda o FMI, por ter o maior número de votos. O vice de Strauss-Kahn, John Lipsky, está atualmente no controle do FMI, mas sua nomeação não foi formalizada.

Se condenado pelos crimes dos quais é acusado, ele pode ser sentenciado a até 25 anos de prisão. Até o momento das acusações, Strauss-Kahn era considerado um dos favoritos para concorrer ao pleito presidencial francês do ano que vem. Sua próxima audiência perante a Justiça nova-iorquina deve ocorrer na sexta-feira (20).