Discussão sobre combate ao crack tem que resultar em medidas concretas, diz Beltrame

24/05/2011 - 14h46

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, defendeu hoje (24) que as autoridades do estado devem buscar medidas mais concretas para dar uma resposta à população no que diz respeito à luta contra a venda e o consumo de crack, que têm crescido no país.

Ao participar da abertura do seminário Estratégias de Enfrentamento ao Crack, na sede da secretaria, no centro do Rio, Beltrame destacou que o combate à droga não envolve só as esferas de segurança, mas depende também de outras instituições, como as responsáveis pelo tratamento dos dependentes. Segundo ele, a discussão é importante, mas precisa resultar em medidas concretas.

O secretário lembrou que diversas ações de repressão ao consumo e à venda da droga e de acolhimento aos dependentes químicos estão desenvolvidas na capital fluminense desde o início do ano.

“A minha proposta é esta: que ao final seja feita uma avaliação, um documento sucinto e objetivo para que as instituições possam executar aquilo que foi discutido. Eu acho que a pessoa considerada doente deve se tratar e tem que ter direito a isso. E o estado tem que ter mecanismos para atender a essa demanda”, disse Beltrame.

A diretora de Articulação e Coordenação da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, Carla Dalbosco, disse que um dos objetivos é fazer com que o Brasil tenha um sistema de monitoramento dessas substâncias. Ela ressaltou também a importância das ações educacionais no combate à dependência química provocada por novas drogas, como o oxi.

“A gente sabe que tem que estar preparado para enfrentar o oxi, o crack e outras drogas que ainda vão surgir. Então, implantar um sistema de monitoramento precoce é um objetivo do Brasil para que, a longo prazo, a gente consiga mapear com antecedência qual a tendência de novas drogas que chegam ao mercado”, disse.

Edição: Juliana Andrade