Greve atinge todas as linhas de trens de São Paulo

02/06/2011 - 10h53

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Depois de funcionar parcialmente ontem (1º), o serviço de trem metropolitano que atende a cidade de São Paulo e 22 municípios foi totalmente paralisado na manhã de hoje (2). Em assembleias realizadas na noite de ontem, os trabalhadores dos trens metropolitanos decidiram paralisar todas as linhas de trens, que atendem cerca de 2,4 milhões de passageiros por dia.

A greve já começa a ter reflexos no trânsito da capital. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), havia 94 quilômetros de lentidão antes das 9h de hoje. Segundo a CET, a tendência é que o trânsito piore nas marginais Tietê e Pinheiros.

Por causa da greve, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) orienta os usuários a sair de casa mais tarde e procurar não fazer deslocamentos nos horários de pico. Além disso, a companhia acionou o Plano de Apoio à Empresa em Situação de Emergência (Paese), ampliando o número de ônibus em operações.

Os trabalhadores pedem um aumento real de 5%, além de vale refeição de R$ 19 por dia e implantação de um novo plano de carreira. A CPTM ofereceu reajuste de 3,27%, sendo 1,75% de correção pelo IPC/Fipe e 1,5% de aumento real e vale refeição de R$ 17 por dia.

Por meio de nota, a CPTM disse “lamentar a decisão arbitrária de três dos quatro sindicatos que representam os empregados de suas seis linhas, que decidiram pela greve”. A companhia apela à categoria para que cumpra a determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de manter 90% da operação nos horários de pico e 70% nos demais horários. Uma reunião com os sindicatos e a companhia está marcada para as 11h de hoje na sede do TRT.

Estão em greve os ferroviários ligados ao Sindicato dos Trabalhadores das Empresas Ferroviárias de São Paulo, ao Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana e ao Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil.

O Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, que representa cerca de 200 engenheiros que trabalham na CPTM, informou que está em campanha salarial, mas não aderiu à greve.

 

Edição: Lílian Beraldo