Presidente da Telebras diz que empresa pode fornecer cabeamento óptico a emissoras públicas de TV

14/06/2011 - 17h57

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente da Telebras, Cezar Bonilha, disse hoje (14) que a empresa está apta a garantir o cabeamento óptico para transmissão de sinal digital de televisão para emissoras públicas no país. O projeto é composto por cinco anéis regionais em todo o país e deve estar concluído em três anos, para que, até 2016, todo o sistema digital seja implantado, caso seja decidido que a Telebras será a prestadora do serviço. Ainda não está, porém, definido se, efetivamente, a empresa será a responsável pelo envio do sinal digital.

“Nossa cobertura atinge quase 80% dos municípios brasileiros. Temos uma estrutura básica nacional de 31 mil quilômetros de fibras ópticas. Atenderemos a todas as necessidades de comunicação de longa distância no país nos próximos cinco anos”, informou Bonilha.

Para ele, o uso de fibra óptica tem a vantagem de ser de baixo custo operacional e de ter alta capacidade de banda disponível, além de permitir o incentivo a provedores locais. “Significa criar sinergia, empregos e desenvolvimento de conteúdo nas cidades, com internet popular e aumento do número de empregos”, afirmou.

O assunto foi discutido hoje, em audiência pública na Câmara dos Deputados. O tema em debate foi o Operador Único de Rede de TV Digital, rede de antenas responsável pela transmissão do sinal digital de emissoras públicas nacionais e locais.

Segundo a presidenta da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Tereza Cruvinel, é preciso garantir recursos no Plano Plurianual 20l2-2015, ainda em elaboração, para a implantação do projeto do Operador Único.

O presidente da Associação Brasileira de Televisão Universitária (ABTU), Cláudio Magalhães, reclamou do fato de a instituição não ter sido ouvida na discussão do projeto, bem como outras entidades responsáveis por TVs comunitárias e universitárias. “Somos representantes da sociedade civil e, com exceção da Frente Paramentar pela Liberdade de Expressão e do Conselho Curador da EBC, não somos chamados para debater e discutir nada. Nós representamos a TV pública no país. E, se querem interação na TV, tem de ser pelo plano público”, disse ele.

Magalhães sugeriu que haja uma parceria com operadores locais para facilitar a transmissão do sinal. A ideia, segundo ele, é fazer com que emissoras universitárias, por exemplo, contribuam com seus equipamentos e torres de transmissão na emissão do sinal digital.

Edição: Nádia Franco//Esta matéria substitui matéria publicada às 12h04, que continha incorreções