Mercadante defende recursos de royalties do pré-sal para educação e ciência e tecnologia

28/06/2011 - 12h36

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, disse hoje (28) que se o projeto dos royalties do pré-sal for mantido como está – com o veto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à distribuição igualitária dos recursos – o ministério perderia R$ 12 bilhões em nove anos. Mercadante aponta como solução para o problema a priorização da educação, ciência e tecnologia na aplicação dos recursos dos royalties.

Se priorizarmos educação, ciência e tecnologia, vamos criar uma base diferente neste país, para fazer uma transição para uma economia de baixo carbono e desenvolvimento”, disse. “Sou totalmente simpático à tese de distribuir com equilíbrio, mas sem taxar os produtores. Tem de ter uma compensação, mas tem de distribuir com justiça”, completou.

Na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Mercadante fez um esboço do trabalho do Ministério. Ele destacou a produção de tablets no país, com a participação da empresa chinesa ZTE que vai gerar dois mil empregos com investimentos de US$ 200 dólares na fábrica que será montada em Hortolândia (SP).

O ministro foi convidado para falar na Comissão de Assuntos Econômicos sobre o tema Economia e Competitividade: a Importância da Inovação”, mas, na prática, os senadores tinham interesse em perguntar sobre um suposto dossiê durante as eleições de cinco anos atrás.

O ministro petista Aloizio Mercadante é acusado de ter encomendado um falso dossiê contra José Serra, do PSDB, na época em que os dois concorreram ao governo de São Paulo, nas eleições de 2006. Na semana passada, em entrevista à revista Veja, o ex-diretor do Banco do Brasil, Expedido Veloso, apontou Mercadante como um dos mentores do suposto esquema, que resultou na prisão militantes do PT, flagrados com dinheiro sem comprovação de origem.

Edição: Talita Cavalcante