No Chile, estudantes prometem reunir mais de 150 mil por mais investimentos em educação

30/06/2011 - 8h45

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Universitários e estudantes do ensino médio e fundamental do Chile preparam para hoje (30) uma manifestação no centro de Santiago, a capital, e nas principais cidades do país. O protesto deve ter a adesão de professores, acadêmicos e trabalhadores que exigem do governo do presidente chileno, Sebastián Piñera, a garantia de educação pública gratuita.

A manifestação está prevista para o fim da manhã, saindo da Praça Itália em direção à Praça dos Heróis. Também foram anunciados protestos nas cidades de Arica, Iquique, Antofagasta, La Serena, Coquimbo, Valparaíso, Concepción e Valdívia. Desde o último dia 16, estudantes fazem reivindicações no país.

Ontem (29), o governo anunciou a antecipação das férias, na tentativa de conter os protestos. Os estudantes reivindicam não só a gratuidade do ensino, como também mais investimentos nas universidades e o aumento dos passes estudantis. Algumas manifestações chegaram a reunir 150 mil pessoas em várias cidades chilenas e geraram conflitos entre manifestantes e policiais.

"Esperamos uma grande quantidade de pessoas, talvez mais do que no último dia", disse o presidente do Colégio de Professores, Jaime Gajardo, referindo-se aos 150 mil reunidos em vários protestos no país. A presidente da Associação das Vítimas de Execuções Políticas, Lira Alicia, disse que apoia os protestos “contra a mercantilização da educação”.

"Para nós, além da luta pela verdade e pela justiça, estamos interessados nas políticas do país, queremos a educação de que precisa nossa juventude", acrescentou Lira. Também participarão da manifestação representantes da Associação Nacional de Funcionários Públicos, Associação Chilena de Bairros e Áreas de Patrimônio, da Frente Ampla de Saúde Pública e dos Pais e Encarregados de Educação.

As informações são da rede estatal de televisão do Chile, TVN, e da emissora multiestatal  Telesur, com sede em Caracas, na Venezuela.

Edição: Graça Adjuto